O Oscar, conhecido como o prêmio mais prestigioso do cinema estadunidense, nem sempre consegue abraçar toda a diversidade e qualidade cinematográfica que o ano oferece. Em 2024, não foi diferente, e a equipe do Omelete reuniu uma seleção de filmes que, segundo nossa opinião, mereciam destaque na premiação, mas foram esquecidos.
Priscilla: Uma Jornada Intimista na Vida de uma Esposa Esquecida
Sofia Coppola, renomada diretora de “Encontros e Desencontros,” trouxe à tela um filme tocante e singular com “Priscilla.” Este retrato singelo da vida da esposa de Elvis Presley, vivida brilhantemente por Cailee Spaeny, merecia mais reconhecimento. A narrativa sobre esposas tristes é conduzida de maneira única, e Spaeny poderia ter sido uma forte concorrente na categoria de Melhor Atriz.
Ferrari: Uma Viagem Pelos Bastidores da Scuderia
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Apesar do elenco de peso e da direção maestral de Michael Mann, “Ferrari” foi esquecido pelo Oscar 2024. A película foca nos momentos delicados da vida de Enzo Ferrari, interpretado por Adam Driver, durante a Mille Miglia de 1957. As cenas realistas de acidentes e a emocionante atuação de Penélope Cruz como uma mãe enlutada mereciam, no mínimo, menções nas categorias de Som ou Efeitos Visuais.
Folhas de Outono: Humor Seco e Melancolia Finlandesa
O cineasta finlandês Aki Kaurismäki, conhecido por esnobar o Oscar, trouxe “Folhas de Outono,” uma comédia dramática acessível. Esta porta de entrada para o cinema solidário de Kaurismäki, marcado por humor seco e melancolia, merecia uma chance no Oscar 2024, mesmo que o diretor tenha suas razões para não comparecer à cerimônia.
Regra 34: A Complexidade da Sexualidade Brasileira
![Regra 34 | Teaser Oficial [HD] - 2022 | Imovision](https://i.ytimg.com/vi/9FXrXRT9N2k/hqdefault.jpg)
O cinema nacional sempre produz pérolas, e “Regra 34” é uma delas. O filme mergulha nos paralelos entre desejo e realidade, com destaque para a performance corajosa de Sol Miranda. Em meio à pluralidade do cinema brasileiro, é crucial celebrar produções como esta, que exploram a complexidade da sexualidade em um mundo de relações mediadas por diversos parâmetros sociais e históricos.
Todos Nós Desconhecidos: A Docilidade nas Entrelinhas
“Todos Nós Desconhecidos,” dirigido por Andrew Haigh, era um azarão na temporada de premiações, mas a atuação de Andrew Scott merecia reconhecimento. O filme, que aborda um roteirista entre traumas do passado e possibilidades futuras, destaca-se pela expressividade sutil de Scott, proporcionando uma experiência emocional única.
Tartarugas Ninja: Caos Mutante – Animação Ocidental Inovadora
Enquanto “Elementos” pode ter sido fofo e divertido, “Tartarugas Ninja: Caos Mutante” se destaca como uma das melhores animações ocidentais do ano. Com seu método de animação único e retrato adolescente envolvente das Tartarugas, merecia uma indicação ao Oscar, especialmente diante da repetição da fórmula pela concorrência.
Crescendo Juntas: Uma Jornada de Amadurecimento Sincera
“Crescendo Juntas,” dirigido por Kelly Fremon Craig, oferece uma história leve e sincera de amadurecimento. A trama, centrada na pré-adolescente Margaret, interpretada por Abby Ryder Fortson, destaca-se pela sensibilidade ao abordar questões típicas da fase. Rachel McAdams também entrega uma atuação notável, que poderia ter sido reconhecida como Melhor Atriz Coadjuvante.
Nossa seleção destaca a diversidade e qualidade do cinema que, por diferentes razões, foi deixado de lado na corrida pelo Oscar deste ano. E você, concorda com as escolhas da Academia, ou teria incluído algum desses filmes na lista de indicados? Compartilhe sua opinião!