Gargântua: A tentativa barata da Fox de copiar Godzilla (ARTIGO)

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1998 marcou um ano inesquecível para Godzilla e seus fãs, ainda que a experiência tenha sido bem diferente do que a Toho.

As expectativas estavam altíssimas em torno do projeto ambicioso de Roland Emmerich, e os estúdios, talvez com uma dose excessiva de otimismo, acreditaram que ele entregaria algo especial e duradouro.

Curiosamente, ele conseguiu, mas de uma forma inesperada: seu filme se tornou um exemplo clássico do que não fazer, independentemente da opinião dos fãs.

A recepção do Godzilla de 1998 foi, para dizer o mínimo, controversa.

O filme arrecadou cerca de 379 milhões de dólares em bilheteria mundial contra um orçamento estimado entre 130 e 150 milhões de dólares.

Foi considerado uma decepção comercial nos Estados Unidos, onde a Sony esperava uma estreia recorde no fim de semana do Memorial Day.

A crítica especializada também não poupou o filme, que recebeu avaliações negativas, muitas vezes apontando para a representação do Godzilla como uma criatura mais parecida com um dinossauro do que com o icônico monstro japonês.

Elementos como a forma como ele se alimentava e sua vulnerabilidade a armas convencionais também desagradaram muitos fãs da franquia original.

A resposta da Toho foi imediata e assertiva. Sem hesitar, a empresa japonesa recalibrou a rota e trouxe Gojira de volta às suas raízes.

Já no ano seguinte, em 1999, lançaram Godzilla 2000, um sucesso internacional que reacendeu a chama para a chamada Era do Milênio.

Para muitos entusiastas de kaiju, essa era representa o auge da franquia, com filmes que são discutidos e apreciados até hoje. E tudo isso, em parte, como uma reação direta ao esforço de Emmerich.

“Gargantua”: Uma Tentativa Televisiva Quase Esquecida

No mesmo ano de 1998, enquanto o Godzilla de Emmerich chegava aos cinemas, a Fox também tentava capitalizar o interesse por monstros gigantes com um filme para a TV chamado Gargântua.

Exibido na noite de 19 de maio, o filme trazia no elenco Adam Baldwin e Emile Hirsch e seguia a fórmula clássica de filmes com criaturas colossais.

A trama acompanhava um grupo de personagens lidando com quatro criaturas mutantes de tamanhos progressivamente maiores.

No entanto, a recepção de Gargântua foi bem menos estrondosa que a de seu concorrente cinematográfico.

O filme foi amplamente considerado medíocre, sofrendo com efeitos visuais datados mesmo para a época e uma trama repleta de clichês.

A avaliação no site Rotten Tomatoes, por exemplo, é de apenas 21% de aprovação.

Algumas críticas apontavam que, apesar dos esforços, Gargântua não convenceu.

Embora alguns poucos fãs possam ter encontrado algum prazer em seus aspectos “tão ruins que são bons”, a maioria o considera um filme esquecível, assim como outras produções televisivas da época que tentavam surfar na onda de filmes de monstros.

Mesmo assim, “Gargântua” serve como um exemplo interessante de como a televisão tentou se aproveitar da febre por Godzilla em 1998, ainda que com resultados bem menos impactantes.

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