Chris Hemsworth, mundialmente conhecido por seu papel como Thor no Universo Cinematográfico Marvel (MCU), tem enfrentado dificuldades para consolidar sua carreira fora da franquia de super-heróis. Uma análise mais aprofundada sugere que suas escolhas de projetos, muitas vezes criticadas, podem estar diretamente relacionadas à sua postura feminista declarada.
Uma sequência de fracassos de bilheteria
Nos últimos anos, Hemsworth estrelou uma série de filmes que não apenas decepcionaram a crítica, mas também falharam em atrair o público aos cinemas. Alguns dos maiores fiascos incluem “Thor: Love and Thunder”, “MIB: Homens de Preto – Internacional”, “O Caçador e a Rainha do Gelo” e o infame “Caça-Fantasmas” de 2016. Os números não mentem: “O Caçador e a Rainha do Gelo”, por exemplo, arrecadou apenas US$ 164 milhões contra um orçamento de produção de US$ 110 milhões, enquanto “MIB: Homens de Preto – Internacional” não conseguiu alcançar os US$ 300 milhões necessários para obter lucro.
O feminismo como bússola criativa
Em entrevista à Radio Times em 2016, Hemsworth declarou-se abertamente feminista, atribuindo essa visão à influência de sua mãe. Ele também expressou seu desejo de ver mais personagens femininas fortes no cinema, elogiando as “personagens femininas incríveis” de “O Caçador e a Rainha do Gelo”. Embora sua postura possa ser considerada mais alinhada com a terceira onda do feminismo do que com a quinta onda radical que atualmente domina a indústria do entretenimento, é inegável que sua ideologia tem desempenhado um papel significativo em suas escolhas de projetos.
O perigo do “girl power” superficial
O problema com muitos dos filmes recentes de Hemsworth é que eles parecem se apoiar em uma noção rasa de empoderamento feminino, sem se preocupar com a qualidade da narrativa ou a recepção do público. Esse tipo de abordagem não apenas prejudica a carreira do ator, mas também faz pouco para promover uma representação feminina genuinamente significativa no cinema. Hollywood precisa entender que há muito mais em jogo no sucesso de bilheteria do que simplesmente bajulando os ativistas mais superficiais das redes sociais.
O futuro incerto com “Furiosa: A Saga Mad Max”
O próximo projeto de Hemsworth, “Furiosa: A Saga Mad Max”, não inspira muita esperança de mudança nessa tendência. O filme, que conta com Anya Taylor-Joy no papel principal, é mais uma aposta em uma protagonista feminina para vender ingressos. Com um orçamento estimado em US$ 230 milhões, a produção precisará de um desempenho excepcional nas bilheterias para ter algum lucro. Resta saber se Hemsworth e a equipe criativa aprenderam com os erros do passado ou se continuarão a priorizar a ideologia em detrimento da qualidade.
Enquanto o compromisso de Chris Hemsworth com o feminismo é louvável, sua abordagem tem se mostrado contraproducente em termos de escolhas de projetos. Ao se apegar a filmes que priorizam mensagens superficiais de “girl power” em detrimento de uma narrativa sólida, o ator não apenas prejudica sua própria carreira, mas também falha em promover uma representação feminina verdadeiramente significativa. Para reconquistar seu prestígio em Hollywood, Hemsworth precisará reavaliar suas prioridades e buscar projetos que equilibrem sua ideologia com a qualidade artística que o público espera. Afinal, o verdadeiro empoderamento vem de histórias bem contadas, não de bajulação vazia.