Após eu ter visto a declaração de Marc Guggenheim, Co-criador do Arrowverso (séries Arrow, The Flash e afins) de que o público quer algo “que justifique a experiência de ir ao cinema”, vi que Marc tem toda a razão. A tal “fatiga de filmes de heróis” que tanto Marvel quanto DC, principalmente James Gunn tanto falam que tá rolando é conversa fiada.
Filmes, animações e séries de heróis já estão presentes na cultura nerd desde décadas atrás. No caso dos filmes, deixo os filmes do Superman do saudoso Reeve como exemplo.
Mas o boom definitivo foi com o impactantes e marcantes Batman da parceria Tim Burton e Michael Keaton do lado da DC e Blade do Wesley Snipes do lado da Marvel.
Assim outros tantos filmes de heróis surgiram ao longo dos anos, alguns muito bons outros medianos e ainda outros bem ruins e nunca falou-se na tal “fatiga” em um período que estes filmes ainda nem eram chamados de “filmes de heróis”.
Foi então que tanto Marvel quanto DC viram o grande potencial que tinham em mãos e decidiram planejar e montar seus universos no cinema com o Universo Compartilhado da Marvel e o Universo Extendido da DC, cada um seguindo de suas maneiras e cada um com uma leva de bons filmes como Homem de Ferro, Capitão América e Vingadores do lado da Marvel e Homem de Aço, Aquaman e Mulher Maravilha do lado da DC.
Apesar de alguns erros e muitos acertos no caminho, o UCM estava em um ótimo caminho onde então tivemos o ápice em Vingadores: Guerra Infinita enquanto o UEDC estava em uma louca montanha russa de altos e baixos por conta das várias interferências da Warner durante a gestão de Walter Hamada. Apesar disso, o público ainda confiava no universo encabeçado por Zack Snyder.
Mas infelizmente a inserção da agenda da lacration, as forçadas de barra bestas e a persistência em pautar identitarismo barato invadiu tanto DC quanto Marvel em suas produções cinematográficas, não bastando o que já estava acontecendo nas HQs. Algo que Vingadores: Ultimato já estava apontando, de maneira discreta em alguns momentos mas já mostrava o que viria à seguir.
Isso somando com outros fatores como roteiros cada vez piores, efeitos visuais cada vez mais pobres e que não justificam o gasto astronômico dos filmes, bastidores cada vez mais conturbados e várias mudanças mal planejadas como foi a da DC, estão resultando em vários fracassos e prejuízos para Marvel/Disney e DC/Warner Discovery.
Foi então que começou essa discussão de que o público se cansou dos filmes de heróis, que veio a tal “fatiga”. Uma das pessoas que persiste nisso é o próprio James Gunn, CEO da recém criada DC Studios e que está planejando o novo Universo DC, que as pessoas estão ficando cansadas dos filmes de heróis e blá blá blá.
Porém após analisar tal situação, principalmente após os comentários de Marc Guggenheim, cheguei a conclusão de que essa “fatiga” é conversa pra boi dormir, pra esconder e até nem mesmo admitir a situação tenebrosa que ambas Marvel e DC estão e insistem em permanecer no buraco que estão.
Nós queremos COISA BOA! Simples assim! Queremos produções bem escritas, bonitas visualmente, com personagens que nos cativam, histórias interessantes. Não estamos cansados dos filmes de heróis. Estamos cansados é de Marvel e DC insistirem em tentar nos empurrar essa agendinha besta e dar ouvidos à quem não tá nem aí pra heróis e heroínas que é essa galerinha da bolha identitária.
E você, o que pensa sobre isso? Deixe sua opinião nos comentários.
