“Wake Up” apresenta uma premissa interessante que rapidamente se transforma em um cenário de horror quando seis jovens ativistas decidem protestar contra a crueldade animal usada na fabricação de móveis. O alvo escolhido é a House Idea, uma loja de varejo semelhante a um grande magazine de móveis. Com um plano aparentemente simples, o grupo se infiltra na loja pouco antes do fechamento e se esconde estrategicamente até que todos os funcionários e clientes saiam e as portas sejam trancadas.
Uma vez sozinhos no estabelecimento, os ativistas iniciam seu protesto destrutivo, vandalizando o ambiente com sangue animal e tinta spray, deixando mensagens de conscientização pelos corredores da loja. A cena de destruição é filmada com detalhes excessivos, consumindo um tempo considerável da narrativa, mas sem adicionar profundidade aos personagens ou suas motivações.
O vandalismo é descoberto por Kevin, um segurança noturno que trabalha junto com seu irmão Jack. O que começa como um confronto entre vigilantes e ativistas rapidamente se transforma em algo muito mais sombrio quando um acidente violento desencadeia um lado obscuro em Kevin. Traumatizado e enfurecido, o segurança decide tomar a justiça em suas próprias mãos, transformando-se em um caçador implacável que persegue os jovens pelas instalações da loja.
Entre Luzes Negras e Personagens Opacos
Dirigido pela dupla canadense Anouk Whissell e Yoann-Karl Whissell, conhecidos coletivamente como RKSS, “Wake Up” alterna entre drama e horror, mas falha em atingir a excelência em ambos os gêneros. A narrativa dedica considerável tempo ao relacionamento entre Kevin, que luta para manter seu emprego, e Jack, que batalha contra vícios e tenta impedir que o irmão perca totalmente o controle.
Infelizmente, o filme sofre de uma notável superficialidade na construção dos ativistas, que são apresentados como personagens unidimensionais, irritantes e facilmente esquecíveis. Sem desenvolvimento adequado, é difícil para o público sentir empatia por qualquer um deles quando começam a cair vítimas da fúria de Kevin.
As sequências de morte, elemento crucial em filmes deste gênero, são executadas de maneira previsível e sem a criatividade necessária para gerar tensão ou impacto. A exceção é uma cena ambientada em uma câmara frigorífica iluminada por luz negra, onde os sobreviventes são atraídos para resgatar um amigo ferido. Este momento, com sua atmosfera visual distinta, representa o ponto alto criativo do filme, mas infelizmente permanece como uma ilha de inovação em um mar de previsibilidade.
O desfecho do filme também deixa a desejar, com uma conclusão insatisfatória que parece desconectada do potencial inicial da premissa. Como observado por críticos, tudo em “Wake Up” parece parcialmente desenvolvido – o começo promete algo substancial, mas o meio e o final carecem completamente de imaginação e criatividade.
“Wake Up” poderia ter sido um thriller de horror envolvente se tivesse investido mais na complexidade de seus personagens e na execução inovadora de suas cenas de tensão. Em vez disso, o filme dos diretores RKSS acaba como um lembrete de oportunidades perdidas – uma ideia interessante sufocada por uma execução medíocre que falha em manter o espectador verdadeiramente envolvido ou assustado.
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