O icônico mangaká japonês deixa um legado inigualável na indústria dos animes e mangás
O mundo dos quadrinhos e animações japonesas perdeu um de seus mais brilhantes expoentes. Akira Toriyama, o gênio criativo por trás da lendária série Dragon Ball, faleceu no dia 1º de março de 2024, aos 68 anos. A notícia, confirmada nas redes sociais oficiais da franquia, abalou fãs ao redor do globo. Toriyama deixa para trás um legado que transcende gerações e culturas, tendo revolucionado a indústria dos mangás e animes com sua obra-prima.
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— DRAGON BALL OFFICIAL (@DB_official_en) March 8, 2024
Os primeiros passos de um gênio
Nascido em Nagoya, no Japão, em 1955, Akira Toriyama demonstrou seu talento para o desenho desde cedo. Seus primeiros trabalhos, como Awawa World (1977) e Mysterius Rain Jack (1978), embora não tenham sido comercializados, já evidenciavam o traço único e o senso de humor que se tornariam marcas registradas do artista. Foi com Dr. Slump, lançado em 1980, que Toriyama começou a ganhar reconhecimento. A história da divertida Arale e suas interações com criaturas mágicas e extraterrestres conquistou os leitores, pavimentando o caminho para o que viria a seguir.
Em 3 de novembro de 1984, a Weekly Shonen Jump publicou pela primeira vez o mangá Dragon Ball. Pouco se sabia, à época, que aquela história de um jovem guerreiro em busca das lendárias esferas do dragão se tornaria um fenômeno global. A jornada de Goku, repleta de batalhas épicas, humor cativante e lições de amizade e perseverança, cativou leitores ao redor do mundo. O sucesso do mangá logo se traduziu para as telas, com o anime estreando em 1986. Os 153 episódios originais se tornaram um marco na cultura pop, conquistando fãs no Japão e, posteriormente, no Ocidente.
No Brasil, Dragon Ball chegou à TV aberta nos anos 1990, introduzindo toda uma geração aos animes e mangás. A série se tornou um verdadeiro fenômeno, com personagens icônicos como Goku, Vegeta e Piccolo se tornando nomes conhecidos até mesmo por aqueles que não acompanhavam a trama. A popularidade de Dragon Ball abriu as portas para que outras obras japonesas ganhassem espaço no país, consolidando a presença dos animes e mangás na cultura pop brasileira.
Um legado imortal
Mesmo após o encerramento do mangá em 1995, o universo criado por Akira Toriyama continuou a se expandir. Novas histórias foram desenvolvidas, algumas sem o envolvimento direto do mangaká, provando que sua criação havia se tornado maior do que ele próprio. Séries como Dragon Ball GT e o aguardado Dragon Ball Daima são testemunhos da imortalidade da franquia. O impacto de Toriyama na indústria dos quadrinhos e animações japonesas é inegável, tendo influenciado inúmeros artistas e obras ao longo das décadas.
A ironia de Hollywood e a essência de Dragon Ball
Enquanto o mundo lamenta a perda de Akira Toriyama, é impossível não notar a ironia de como Hollywood, em sua busca incessante pelo politicamente correto, muitas vezes falha em capturar a verdadeira essência das obras que adapta. Toriyama criou um universo diverso e inclusivo de forma orgânica, sem se prender a agendas ou representações forçadas. Seus personagens são amados por sua autenticidade e carisma, algo que a indústria cinematográfica ocidental frequentemente perde de vista em meio a suas tentativas de agradar a todos.
A morte de Akira Toriyama deixa um vazio no coração dos fãs, mas seu legado permanecerá eterno. Ele revolucionou a indústria dos animes e mangás, criando uma obra que transcende gerações e culturas. Dragon Ball não é apenas uma série, é um fenômeno cultural que continuará inspirando artistas e sonhadores ao redor do mundo. Toriyama nos deixa fisicamente, mas seu espírito viverá para sempre em cada traço dos mangás, em cada frame dos animes e no coração de milhões de fãs. Descanse em paz, Akira Toriyama. Seu legado é imortal.