Alexander, O Grande Conquistador Apaixonado: Obra-Prima ou Ultraje Woke?

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Polêmica cinebiográfica promete abalar os alicerces de Hollywood

Numa reviravolta surpreendente, o cineasta Zack Snyder readquiriu recentemente os direitos de “Blood and Ashes”, sequência planejada para seu épico de 2006 “300”. O filme promete ser uma ousada história de amor entre Alexandre, o Grande e seu braço direito Hefestion, ambientada no contexto da violenta expansão do império macedônico.

Após anos de impasse com o estúdio Warner Bros, Snyder agora tem carta branca para levar adiante sua visão. Segundo o diretor, o longa será “incrivelmente homoerótico, super violento e super sexual”.

Críticos advertem

Críticos conservadores certamente torcerão o nariz para o que classificarão como “lacração histórica” e “doutrinação gayzista”. Afinal, retratar o grande Alexandre como um conquistador sanguinário movido por paixão homossexual pode soar como absurda deturpação política da realidade.

Defensores rebatem com unhas e dentes

Por outro lado, Snyder e seus apoiadores dirão tratar-se apenas de uma obra de ficção, como tantas outras que se utilizam livremente de figuras históricas. Além disso, defenderão veementemente o direito à irreverência e à representatividade de minorias na arte e no audiovisual.

Snyder encontra apoio em sua esposa e na Netflix

De toda forma, Snyder não está sozinho. Sua esposa e parceira Deborah Snyder o apoia firmemente. Além disso, depois do sucesso de “Exército dos Mortos” na Netflix, Snyder goza de grande prestígio junto ao streaming.

“Quanto mais Zack, melhor”, declarou entusiasticamente Scott Stuber, chefe de filmes da Netflix.

A questão é: numa Hollywood cada vez mais lacradora, e com a cruzada anti-woke em franca ascensão, qual será a repercussão final dessa controvertida obra? Amantes do cinema autoral certamente saudarão mais um filme ousado e instigante. Fãs de épica terão novo banquete hiper-realista regado a testosterona.

Já setores mais conservadores verão no filme uma inaceitável propaganda gayzista. Como já alertado por  jornalistas e criticos, “esse fabianismo cultural precisa acabar”. Caso contrário, em breve estaremos diante uma distópica “República Lacradora do políticamente correto”.

Portanto, cabe ao público julgar se “Alexander” é uma libertária obra-prima ou mero ultraje woke dos novos tempos. O fato é que Snyder promete novamente incendiar o debate e desafiar o politicamente correto. Tudo em seu característico estilo épico, visceral e magnético. Com polêmica ou sem polêmica, trata-se de cinema autoral que ficará marcado na história.

 

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