Anéis de Poder: crítica cheirosa elogia mas também manda a real sobre a segunda temporada

A segunda temporada de Os Anéis de Poder

Compartilhe:

Veredicto da imprensa sobre a continuação de Os Anéis de Poder começa a chegar às redes

Por Claudio Dirani

O fatídico dia chegou. Após dois anos, a Amazon Prime Video liberou os episódios da segunda temporada de O Senhor dos Anéis – Anéis de Poder para os principais veículos da imprensa internacional. Depois de decepcionantes cenas, diálogos nada convincentes e distorções do lore criado por J.R.R. Tolkien testemunhados na primeira temporada, a nova leva parece dividir opiniões. Mais precisamente, do lado negativo.

O Se Liga Nerd separou algumas críticas, antecipando a estreia da série no Brasil.

Confira a seguir!

Omelete destaca o empoderamento de Galadriel

Para abrir com ovos de ouro, o Omelete elogiou a segunda temporada de Os Anéis de Poder dizendo que o show voltou com “fome de fantasia”.

Porque sim, Os Anéis de Poder voltou com mais fome de fantasia, mais entrega aos chavões criados por Tolkien e reproduzidos ad aeternum por seus discípulos do gênero, mas também voltou entendendo melhor que a alta fantasia não deixa de ser um novelão.”

O artigo da plataforma criada por Érico Borgo enaltece ainda o desenvolvimento da personagem Galadriel.

“Daí que a relação entre Galadriel (Morfydd Clark) e Elrond (Robert Aramayo) escancara os seus subtons mais complicados, seja na sugestão romântica entre eles, na mágoa que se constrói diante da sedução de Galadriel pelos anéis deixados por Sauron (Charlie Vickers), ou no jogo de poder que envolve as suas colocações na hierarquia de honra militar élfica.”

Na contramão do Omelete, o site Collider não foi nenhum um pouco complacente com a tentativa de resgatar o espírito de O Senhor dos Anéis na segunda temporada da série, equiparando as qualidades às fraquezas.

“No entanto, enquanto muitas das melhores qualidades de Anéis de Poder permanecem na frente e no centro na 2ª temporada, também o fazem algumas de suas maiores fraquezas. O grande elenco da série se expande para cobrir ainda mais terreno físico na Terra-média nesta temporada, mas o mesmo não pode ser necessariamente dito sobre o enredo geral, que frequentemente sofre de ritmo desconexo.”

Além disso, o website de entretenimento americano ressaltou a fraca participação de Sauron na série da Prime Video.

Alguns elementos, como a infiltração de Sauron (Charlie Vickers) em Eregion, bem como sua manipulação calculada do ferreiro élfico Celebrimbor (Charles Edwards), são desenrolados tão efetivamente quanto deveriam ser antes do clímax inevitavelmente devastador.

Empire elogia: ingleses gostam mais de Os Anéis de Poder

No duelo EUA vs. Reino Unido, os americanos da Variety parecem ter menos paciência para a empreitada dos showrunners J. D. Payne e Patrick McKay. Já os ingleses – representados aqui pela crítica da tradicional revista Empire – oferecem um olhar mais positivo para a novela que pouco tem de Tolkien em sua essência.

A Variety alfinetou a produção do bilionário Jeff Bezos.

Os Anéis de Poder foram apresentados com ‘um baque’ que ecoaria por todo o assentamento anão de Khazad-dûm. Porém, de acordo com o Hollywood Reporter, apenas 37% dos espectadores domésticos que começaram a série de oito episódios assistiram até o fim. Isso não é o ideal para um lançamento padrão, muito menos para a produção de maior destaque na história de um serviço de streaming.

A revista concluiu com as suas expectativas sobre a segunda temporada de Os Anéis de Poder.

Já a segunda temporada não oferece motivos para acreditar que essa tendência de audiência será revertida. Quanto à qualidade criativa da temporada, o período de carência para essa homenagem pródiga a Tolkien acabou — embora seja discutível se um projeto que oferecia tantos recursos merecia um em primeiro lugar.

Por sua vez, a Empire elogiou, principalmente, os cuidados com a produção, dando “respeito” ao legado de Tolkien.

A arte visual da segunda temporada tem uma grande dívida com o ilustrador John Howe, assim como com os filmes de Peter Jackson. Até mesmo a trilha sonora (excelente) de Bear McCreary repete o que alcançou Howard Shore em O Senhor dos Anéis”, sendo que o próprio Shore escreveu a música tema deste show.

Enfim, o veículo inglês complementou a sua crítica exaltando os roteiristas J.D. Payne e Patrick McKay.

Tudo isso é incrivelmente importante para nos convencer de que estamos de volta à Terra-média, uma era antes daquela que conhecemos. Mas devemos dar crédito a quem é devido, porque as decisões de narrativa de Payne e McKay fazem jus a esse legado e nos dão tantas emoções quanto qualquer coisa que já vimos antes.

Publicidade
Publicidade