Produção da Netflix começa a ser filmada em julho
Que a cineasta Greta Gerwig é uma feminista declarada, não é segredo para ninguém. Sua aptidão para empoderar as meninas já foi demonstrado no remake mais recente de Adoráveis Mulheres e no live action “pseudo-infantil” Barbie, o Filme.
Apesar das lacradas, Gerwig é reconhecidamente fã de um dos escritores mais conservadores e cristãos de todos os tempos. C.S. Lewis. Portanto, não foi à toa que ela abraçou a obra do autor britânico para iniciar seu mais ambicioso projeto até o momento: ao menos duas adaptações de As Crônicas de Nárnia.
Gerwig já disse em público, aliás, “temer” como suas produções serão absorvidas pelos fãs de Lewis, principalmente após as três excelentes aventuras baseadas em As Crônicas de Nárnia lançadas entre 2005 e 2010: O Leão, A Feiticeira & o Guarda-Roupa, Príncipe Caspian e A Viagem do Peregrino da Alvorada. Somadas, as bilheterias da trilogia ultrapassaram US$ 1.5 bilhão, sendo considerada um sucesso comercial.
As Crônicas de Nárnia na Netflix: fãs estão apreensivos
A apreensão sobre o remake/reboot de As Crônicas de Nárnia, que desta vez será direcionada aos assinantes da Netflix, é uma realidade entre os fãs de C.S. Lewis, embora Greta Gerwig tenha declarado sua paixão pela obra diversas vezes.
O início da saga deve acontecer em julho, quando as câmeras começaram a registrar a versão da diretora. O trabalho já nasce com uma responsabilidade: superar o que o neozelandês Andrew Adamson – cujo sobrenome traduzido é algo como Filho de Adão – já deu aos filmes um tom profético.
Não faltam declarações de Greta Gerwig sobre o que ela planeja levar às telas a partir de 2026.
Em entrevista concedida à BBC, por exemplo, a diretora norte-americana afirmou estar “aterrorizada” em executar a nova adaptação.
“Estou um pouco aterrorizada, porque realmente tenho muita reverência por Nárnia. Eu amo Nárnia desde criança e C.S. Lewis como pensador e escritor”, revelou. “Estou intimidada. Como uma pessoa não britânica, sinto uma sensação particular de querer fazer tudo corretamente… é como quando os americanos fazem Shakespeare, há um leve sentimento de reverência e como se talvez devêssemos tratá-lo com cuidado extra”, observou.
Em outra entrevista, Gerwig diz ter interesse em abraçar o mundo “paradoxal” desenvolvido por C.S, Lewis:
“Há uma qualidade eufórica e onírica na escrita de Lewis”, aponta Greta. “Ela está conectada ao folclore e aos contos de fadas da Inglaterra, mas é uma combinação de diferentes tradições. Quando criança, você aceita a coisa toda — a que você está nesta terra de Nárnia, onde há faunos, e então o Papai Noel aparece…. Estou interessada em abraçar o paradoxo dos mundos que Lewis criou, porque é isso que é tão atraente sobre eles”, destacou.
O que realmente a Netflix irá exibir?
As Crônicas de Nárnia escritas por C.S. Lewis são retratadas em 7 livros, sendo apenas 3 deles adaptados até o presente momento para o cinema. A tarefa, aliás, sempre foi descartada por seu próprio criador, que achava impossível traduzi-la para o público da sala escura. A opinião de Lewis é válida, embora o escritor tenha falecido em 1963 – ou seja, bem antes dos efeitos visuais atingirem o nível de franquias como O Senhor dos Anéis, Matrix, Star Wars e Avatar .
Até o momento, o que foi comentado a respeito dos novos filmes é que os seguidores de C. S. Lewis poderão conferir na Netflix o prequel de A Feiticeira, o Leão & o Guarda-roupa. Isto significa que Greta Gerwig dirigirá sua versão de O Sobrinho do Mago, história publicada originalmente em 1955 que antecede o filme original de 2005. A informação foi vazada pelo britânico Jason Isaacs (The White Lotus), que poderá estar no elenco do longa.
Segundo fontes, o reboot assinado por Greta Gerwig chegará primeiro às salas com tela IMAX dos Estados Unidos, antes de ingressar na programação da Netflix em novembro de 2026