Assassin’s Creed Shadows chegou ao mercado, mas o que deveria ser um marco para a Ubisoft se transformou em alvo de deboche nas redes sociais. Clipes circulam aos montes, expondo uma dublagem tão ruim que parece ter sido gerada por um software de texto para voz dos mais baratos. Um exemplo que viralizou é o diálogo digno de piada: “O ressentimento pode crescer silenciosamente sem muito aviso, assim como cogumelos após uma tempestade.” É difícil acreditar que a Ubisoft aprovou algo assim — soa como uma inteligência artificial mal treinada cuspindo frases sem alma. Esse é apenas o primeiro sinal de um jogo que, segundo jogadores e críticos, está mais para um desastre do que para a obra-prima que alguns tentam vender.
Um Festival de Tédio Forçado
Não bastasse a dublagem constrangedora, o jogo é um verdadeiro “festival de grind” — termo que define uma experiência repleta de tarefas repetitivas e entediantes. Para avançar na história, os jogadores são obrigados a se arrastar por missões monótonas, sem liberdade para explorar o mundo de forma natural. Alguns até toleram grindar por itens colecionáveis como um passatempo opcional, mas em Shadows isso é uma imposição. A progressão forçada mata qualquer chance de imersão, transformando o que poderia ser uma aventura em uma rotina burocrática. Nas redes, o descontentamento é claro: o usuário Rodrigo Baltar (@BaltarBanido) disparou: “Assassins Creed Shadows nem saiu e nego já estrupou o jogo na Internet. Tu paga antecipado e não pode jogar a porra de um jogo que já tá pronto e toda branquitude que muda de sexo tá jogando.”
Notas Infladas e a Farsa das Avaliações
Apesar dos defeitos gritantes, algumas avaliações parecem desconectadas da realidade. O site VG247, por exemplo, deu nota máxima, comparando Shadows a clássicos como Ocarina of Time e chamando-o de “um dos melhores jogos já feitos”. Curiosamente, a mesma resenha admite falhas no jogo, o que levanta suspeitas: como um título cheio de problemas pode ser perfeito? Enquanto isso, as notas no Metacritic são mais modestas — 81 no PS5, 87 no Xbox e 78 no PC, este último provavelmente sofrendo com otimização ruim, como é típico em lançamentos da Ubisoft. A discrepância entre essas avaliações infladas e a experiência real dos jogadores sugere uma agenda para proteger a imagem do jogo, algo que não passa despercebido por quem acompanha o mercado.
Yasuke: O Protagonista Polêmico
A escolha do protagonista é outro calo no pé da Ubisoft. Em vez de um samurai japonês tradicional, o jogo traz Yasuke, um africano que serviu como retentor no Japão feudal. Historicamente, Yasuke nunca foi um samurai — era um servo ou, no máximo, um ajudante de Oda Nobunaga. Transformá-lo em um guerreiro lendário é uma distorção que muitos veem como uma tentativa desajeitada de forçar diversidade. A ninja japonesa Naoe, que deveria ser o foco em um jogo ambientado no Japão, parece ter sido relegada a coadjuvante, enquanto Yasuke é empurrado como símbolo de uma narrativa que não condiz com a época. O tweet de GIGA (@giganterichard) resume o sarcasmo: “A grande ideia da Ubisoft com Yasuke: ‘Já sei, vamos botar uma figura histórica pra protagonizar o game, e aí a gente faz ele dar o cu.’ 😂”
Desrespeito à Cultura Japonesa
A Ubisoft não parou nas escolhas questionáveis de personagens. O jogo está repleto de erros culturais que beiram o absurdo, como a inclusão de arte chinesa em vez de japonesa, revelando uma preguiça inadmissível na pesquisa histórica. Pior ainda é a inserção de romances homossexuais, incluindo um personagem não-binário, em pleno Japão feudal — uma era em que tais conceitos simplesmente não existiam como os conhecemos hoje. Yasuke, por exemplo, pode se envolver romanticamente com um “eles/elas” (they/them), algo que soa como uma fantasia anacrônica para agradar sensibilidades ocidentais modernas. Corvo do Trovão (@Corvodotrovao) ironizou: “‘Não vai ter lacração no Assassins Creed Shadows não. Isso é tudo invenção dos haters.’ Enquanto isso no jogo: Um samurai negro tendo um relacionamento com uma pessoa japonesa não binária 🤣🤣🤣.”
A Humilhação do Japão Segundo os Críticos
O comentarista Kangman Lee foi direto ao ponto ao chamar Shadows de “um ritual de humilhação para o Japão” e uma “fantasia erótica estranha para mulheres liberais”. A crítica ressoa entre aqueles que veem o jogo como um desrespeito à cultura japonesa, transformada em palco para ideologias contemporâneas. A Ubisoft parece ignorar as reações negativas no Japão, onde figuras históricas como Naoe — que também pode ter romances lésbicos — são reverenciadas. Essa atitude é vista como colonialista: uma empresa ocidental que se diz progressista impõe sua visão sobre uma cultura milenar, sem qualquer pudor. Mita do Ódio (@LibertyMita) comentou: “Não pode chamar o joguinho woke de woke, se não a Ubisoft te processa. Imagina enfiar tanto DEI no seu jogo, deixar ele tão ruim, que precisa fazer perseguição judicial aos fãs para não criticarem.”
Bugs e Mais Problemas Técnicos
Os problemas não se limitam à narrativa. Relatos de bugs, como falhas de áudio, infestam o lançamento. O youtuber Elyel Gow (@elyelgow) reclamou: “O Alanzoka e vários Youtubers tiveram bug de áudio com o Assassins Creed Shadows. Desculpe, mas não é normal um bug desses em um jogo.” A versão de PS5 Pro até recebeu elogios por melhorias gráficas, como notou DRAKE (@Drakesincero5), mas isso não compensa a falta de polimento geral. A Ubisoft, conhecida por lançamentos mal otimizados, parece repetir velhos erros, enquanto os jogadores pagam o preço — muitas vezes literal, com pré-vendas que não entregam o prometido.
Previsões de Fracasso Comercial
O desempenho comercial de Shadows não inspira otimismo. Prevê-se um pico inicial de 90 mil jogadores no Steam, seguido por uma queda brusca, nos moldes de Dragon Age: Veilguard. A Ubisoft, que enfrenta uma crise financeira, precisa de um sucesso estrondoso, mas Shadows não parece à altura. Os elementos controversos e o desrespeito cultural podem afastar tanto o público ocidental quanto o japonês, deixando o jogo em um limbo de rejeição. Para piorar, a empresa ameaça processar críticos que denunciam suas escolhas, como apontou Grummz (@Grummz): “Ubisoft te acusa de racismo por querer respeito histórico pelo Japão, mas não ouse retrucar, ou eles te processam!”
Um Jogo Condenado pela Ideologia
Assassin’s Creed Shadows é a prova de que priorizar ideologia sobre qualidade é uma receita para o fracasso. A dublagem risível, o grind forçado, os erros históricos e a imposição de diversidade artificial transformaram o que poderia ser uma celebração da cultura samurai em uma caricatura ofensiva. Para quem busca uma experiência autêntica, Ghost of Tsushima segue imbatível — ainda mais agora, com preços promocionais de 40 dólares no Steam e até 20 dólares no PS4. Shadows, por outro lado, parece fadado a engrossar a lista de tropeços da Ubisoft.
Assassin’s Creed: Ubisoft permite pular Yasuke, samurai negro