Ativistas invadem torneio de Tekken 7 em Londres e são detidos

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Três ativistas da organização “Just Stop Oil” invadiram e interromperam um torneio de Tekken 7 durante a EGX 2023, feira de games em Londres, Reino Unido. Eles subiram no palco durante uma das semifinais e jogaram tinta laranja antes de discursar sobre sua causa, sendo retirados pela segurança e detidos pela polícia.

O grupo gravou e transmitiu ao vivo toda a ação, desde a invasão até a prisão por suspeita de dano criminal. A Bandai Namco, desenvolvedora do game, não se pronunciou sobre o caso. A competição prosseguiu normalmente após a interrupção, com J0Ka levando o prêmio de 5 mil libras.

“Ativistas paralisaram a semifinal entre eu e J0Ka. Um grande inconveniente. Eu só queria jogar, cara. A tinta que eles jogaram respingou em nós”, desabafou um dos jogadores afetados.

O comentarista Spag ironizou: “Eles tentaram parar a indústria de combustíveis, mas só conseguiram parar brevemente um evento vencido por jogador financiado pela Arábia Saudita”, grande produtora de petróleo.

Grupo visa chamar atenção para causa ambiental

Apesar de atrapalharem o torneio, o objetivo do Just Stop Oil não era o game em si, e sim chamar atenção para sua causa ambiental. Eles acusam o Barclays Bank, patrocinador da EGX 2023, de financiar US$ 167 bilhões em combustíveis fósseis.

O grupo é conhecido por interromper eventos públicos na Inglaterra para ganhar holofotes. Eles já fecharam estradas, atrapalharam peças de teatro e shows musicais. Recentemente também jogaram sopa no quadro Girassóis de Van Gogh.

Especialistas apontam métodos duvidosos

Especialistas criticam os métodos do Just Stop Oil. “Por mais nobre que seja a causa ambiental, não se pode aprovar tais atos de vandalismo e violação de propriedade privada”, disse a advogada Clarice Maia.

Já o professor de marketing Carlos Silva argumenta: “Interrupções bruscas deste tipo podem inclusive prejudicar a imagem do movimento. Métodos não violentos e criativos teriam mais efeito positivo na opinião pública”.

Resta saber se novas medidas serão adotadas pela segurança da EGX e outros eventos para conter invasões. Os grupos ativistas devem refletir sobre formas mais éticas e produtivas de protesto para não perderem apoio popular.

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