A nova adaptação de Branca de Neve da Disney está cercada de controvérsias antes mesmo de chegar aos cinemas. Recentemente, o ator Martin Klebba — responsável por dar voz ao Grumpy (Zangado) na produção — confirmou que o estúdio está com receio de promover uma estreia em grande escala, algo incomum para um filme que revisita o primeiro longa-metragem animado da história da Disney (lançado em 1937).
Segundo Klebba, a decisão de reduzir a pompa do evento está diretamente ligada à “controvérsia com Rachel”, referindo-se à atriz principal Rachel Zegler, que enfrentou duras críticas nas redes sociais. A atriz foi acusada de zombar do clássico original e de fazer declarações políticas que desagradaram parte do público. Como resultado, a Disney teria optado por limitar a presença de jornalistas na estreia e evitar um grande tapete vermelho.
O Papel dos Sete Anões e as Contradições do Estúdio
Um dos principais pontos de discórdia envolve os Sete Anões, figuras icônicas da animação original. Inicialmente, vazaram fotos do set que indicavam mudanças drásticas no visual e na forma como os personagens seriam retratados, o que desagradou diversos fãs. Klebba chegou a criticar publicamente a maneira como a Disney estaria lidando com os anões, mas, em declarações mais recentes, alinhou seu discurso ao do estúdio ao afirmar que a ideia sempre foi usar animação de captura de movimento.
O problema é que esse novo posicionamento contradiz as imagens de bastidores, relatos de membros da produção e até pronunciamentos anteriores da própria Disney — sugerindo uma possível tentativa de atenuar críticas e “reescrever” a narrativa de como os personagens seriam desenvolvidos.
Por Que a Disney Teme o Fracasso?
- Repercussão negativa nas redes: Os comentários de Rachel Zegler e as mudanças drásticas na história original acenderam debates sobre respeito ao clássico de 1937, considerado um marco por ter sido o primeiro longa animado de Walt Disney.
- Falta de confiança no projeto: Reduzir o tamanho do evento de estreia não é algo comum para a Disney, conhecida por grandes campanhas de marketing. Essa postura de cautela pode sinalizar pouca confiança no desempenho do filme.
- Controvérsias internas: A mudança dos Sete Anões para personagens em captura de movimento, contraditórias com fotos vazadas, sugere problemas de comunicação ou até mesmo insegurança por parte da produção.
Alguns especialistas do mercado cinematográfico acreditam que a Disney tenta evitar um possível desastre de bilheteria — algo que o estúdio já enfrentou nos últimos anos em outras adaptações live-action.
O Futuro de “Branca de Neve”

Mesmo com as polêmicas, a expectativa em torno de Branca de Neve ainda é alta. O desenho original foi um fenômeno financeiro e cultural: arrecadou cerca de US$ 8 milhões em seu lançamento inicial (valor enorme para a década de 1930) e solidificou o legado da Disney como líder em animações. Contudo, a versão atual precisa equilibrar a homenagem ao clássico com preocupações contemporâneas, sem afastar os fãs mais conservadores.
Se a Disney conseguirá reverter as críticas e entregar um produto que honre a trajetória de um de seus maiores sucessos, ainda é incerto. Porém, a decisão de “diminuir” a estreia e a forma como o estúdio está lidando com a polêmica sobre os Sete Anões indicam que o caminho até o lançamento deve continuar turbulento. Para muitos, a empresa pode estar diante de um dos maiores riscos de sua história recente — e o desenrolar dessa história será acompanhado de perto por fãs e críticos do mundo todo.
Disney não fará mudanças no controverso live-action de Branca de Neve