Ator de Superman critica ingerência dos estúdios em Hollywood

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O ator Dean Cain, conhecido por interpretar o Superman nos anos 90, saiu em defesa do youtuber Chris Stuckmann, que fez uma crítica incomum ao novo filme da Sony, Madame Web. Em vez de criticar a diretora ou o elenco, Stuckmann culpou o estúdio Sony por impor uma fórmula pré-estabelecida sem dar liberdade criativa.

Ao comentar a polêmica, Cain ecoou as preocupações sobre a excessiva ingerência dos executivos de estúdio no processo criativo. Ele argumentou que os cineastas, e não burocratas, deveriam ter mais voz na indústria.

Executivos atrapalham em vez de ajudar

De acordo com Cain, muitas vezes os executivos de estúdio chegam a atrapalhar as produções, em vez de contribuir. Ele lembrou que seu pai, que trabalhava nos bastidores de filmagens, ficava furioso quando produtores interferiam no trabalho dos cineastas contratados.

Em um caso extremo que presenciou, um produtor chegou a cortar a gravata de um membro da equipe, o que gerou ressentimento e vingança. “Ter algum executivo de 25 anos dizendo como um filme deve ser feito é loucura”, criticou.

Liberdade criativa leva a obras primas

Cain defendeu que os melhores filmes são aqueles em que o cineasta tem liberdade para contar sua própria história, não tentar agradar diretrizes de estúdio.

“Há uma riqueza de filmes independentes que são melhores do que as porcarias padronizadas que Hollywood produz, como o último fiasco da Branca de Neve”, disparou.

Ele alertou que os executivos de estúdio geralmente não são criadores ou artistas, mas sim “pessoas de negócios” preocupadas em maximizar lucros. Por isso, devem dar mais voz aos cineastas talentosos.

Cassie (Dakota Johnson) enfrenta Ezekiel Sims (Tahar Rahim) em Madame Web (2024), Sony Pictures

Equilíbrio entre arte e lucro

A indústria precisa encontrar um ponto de equilíbrio, permitindo que os artistas explorem sua criatividade sem amarras, mas também mantendo a viabilidade comercial dos projetos.

O quadrinista Gabe Eltaeb, que participou da discussão com Cain, também criticou a onda “woke” de Hollywood, que prioriza a agenda política em vez do talento ao fazer contratações.

Uma dose saudável de humor, autocritica e liberdade criativa ajudaria a indústria a recuperar sua mística. A fórmula atual de tentar agradar a todos não tem funcionado nem artisticamente, nem comercialmente.

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