Recentemente o veterano ator Patrick Stewart expôs um bastidor frustrante das filmagens de “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”: os astros escalados para interpretarem os membros do grupo Iluminati gravaram suas cenas totalmente sozinhos e isolados.
Segundo Stewart, cada um dos principais nomes por trás dos heróis do Conselho Iluminati teve a experiência solitária de contracenar somente diante das telas verdes que depois dariam lugar aos cenários e efeitos especiais.
“A experiência foi frustrante e decepcionante”, resumiu o astro, que viveu o Professor Xavier no filme.
Exagero nos efeitos leva a filmagens desconectadas
Mais uma vez fica evidente que a obsessão dos grandes estúdios por efeitos especiais excessivos tem trazido produções esvaziadas de química entre os atores.
Tudo é tão dependente de CGI e fundos verdes que os astros acabam gravando suas partes como se estivessem sozinhos num vácuo, para apenas depois suas performances serem combinadas digitalmente.
Magneto de Ian McKellen também criticou excesso de chroma key
Curiosamente, o colega de Stewart Ian McKellen, que viveu o Magneto nos primeiros filmes dos X-Men, também já criticou o exagero nas telas verdes. Durante as gravações de O Hobbit, ele relatou ter sentido falta de gravar em locações reais.
“Se Gandalf estivesse no topo de uma montanha, eu estaria lá na montanha”, disse à época.
Stewart e McKellen podem voltar como Xavier e Magneto
Apesar da frustração com os bastidores solitários de “Doutor Estranho 2”, Patrick Stewart deixou no ar que ainda pode voltar a viver o Professor X ao lado do Magneto de Ian McKellen num futuro filme da franquia Deadpool.
Resta saber se, caso os veteranos astros retornem aos seus papéis mutantes, eles de fato contracenarão juntos dessa vez ou se a Marvel os colocará novamente para gravarem sozinhos contra um fundo verde.
Fãs estão cansados do excesso de CGI da Marvel
Entre os fãs, cresce cada vez mais certa exaustão com a artificialidade das produções da Marvel. Grande parte critica o excesso de filmes que mais parecem “desenhos animados” do que propriamente live-actions devido à profusão de efeitos computadorizados.
Será que os estúdios tomarão um rumo mais orgânico e artesanal com suas gravações? Ou seguirão apostando cada vez mais nessa cartilha isolada de gravar atores separados para unir digitalmente depois?