Diretor revelou detalhes do longa em painel da D23
Por Claudio Dirani
Avatar: Fogo e Cinzas ainda está nas profundezas de Pandora. O terceiro capítulo da obra-prima de James Cameron só pintará as telas de cinema de azul em 19 de dezembro de 2025 – isto é, daqui a 1 ano e 4 meses. A distância que separa Avatar: o Caminho das Águas (2022), no entanto, não impede de investigarmos os bastidores da produção que já custou até o momento US$ 250 milhões aos cofres do 20th Century Studios/Disney.
Em recente participação no D23 – principal evento dedicado aos futuros projetos da Walt Disney Company em Burbank, Califórnia – o criador do universo que já garantiu US$ 5.2 bilhões em bilheterias à franquia iniciada em 2009, com o vencedor de 3 prêmios Oscar Avatar, dedicou alguns minutos para dar pistas do clima que irá dominar o ambiente de Jake Sully (Sam Worthington) e Neytiri (Zoe Saldaña) – o já clássico casal intergalático que luta para sobreviver das ameaças do general Miles Quaritch (Stephen Lang).
Sem abrir a guarda sobre os detalhes do roteiro, escrito pelo próprio James Cameron em parceria com Rick Jaffa e Amanda Silver, o cineasta relacionou a simbologia do título Fogo e Cinzas ao que os envolvidos na trama deverão encarar no próximo épico.
“Se você pensar: o que é fogo? Bem, Fogo representa ódio, violência, trauma…o uso indevido de poder. Há muito conteúdo temático nele. E o que as cinzas representam? Na minha cabeça, nesse filme (o fogo) é o resultado disso tudo. A energia, o pesar. E ter de viver com essas consequências”, explicou Cameron, expondo que o terceiro Avatar poderá ser ainda mais sombrio que seu antecessor, principalmente nas questões traumáticas.
Vale lembrar que o grande trauma enfrentado pelos Na’vi após deixarem o clã Omatikaya para rumo ao leste, onde passaram a conviver com o clã Metkayina, foi a morte de Neteyam (Jamie Flatters) em meio à batalha contra a organização colonizadora Resources Development Administration (RDA).
Avatar e os “conflitos internos” em Pandora
Outra pista, ainda que indireta, deixada por Cameron na D23 fala sobre como os personagens poderão ter pela frente mais conflitos interpessoais, o que levará o público a conhecê-los de uma forma mais apurada.
“Como eu falei ao público hoje (aqui nas D23) – cerca de 14 mil dos meus amigos mais próximos (risos) – esse filme explora os personagens de uma maneira mais profunda – e as consequências mais profundas para eles. E isso irá ameaçar suas relações pessoais e testar os seus laços”, descreveu Cameron.
“Também digo que o filme será, ao mesmo tempo, algo totalmente imprevisível. Ele é baseado em situações que você pensa já ter visto dentro das 6 horas de Avatar que já tivemos até o momento, entre o primeiro e segundo filme. Fogo e Cinzas também será aquilo que você desejar”, despistou o diretor, que encerrou o “preview” sobre o terceiro capítulo de Avatar com uma mensagem mais genérica e ambígua.
“Acredito que o que o público deseja ver em Fogo e Cinzas não seja apenas uma coleção de belas imagens. Isso nós temos, claro. Com certeza. Como um mundo criado com riqueza de detalhes, vindo da imaginação de muitos artistas que se dedicaram a produzir isso. Mas eu acredito que nós nos realmente importamos com a jornada desse povo”, reiterou.