Mais Uma Franquia Sequestrada: Quando a Agenda Substitui a História
A Larian Studios finalmente mostrou suas verdadeiras cores ao transformar Baldur’s Gate 3 em mais uma plataforma para propaganda ideológica. Com o lançamento do Patch 8, a desenvolvedora decidiu oficializar um “casal lésbico” entre Shadowheart e Karlach, personagens que deveriam estar disponíveis para os jogadores explorarem como companheiras românticas de seus próprios personagens.
Em vez de respeitar a essência dos RPGs, onde as escolhas do jogador moldam a narrativa, a Larian agora impõe relacionamentos pré-definidos que servem apenas para marcar caixinhas de diversidade. Esta decisão não apenas diminui a autonomia do jogador, mas também transforma personagens complexos em estereótipos rasos projetados para agradar ativistas nas redes sociais.
O curta-metragem lançado com o patch mostra as duas personagens compartilhando um apartamento e um “abraço aconchegante”, deixando claro que a preocupação não é mais criar um mundo imersivo onde jogadores podem explorar diferentes caminhos narrativos, mas sim garantir que exista representação LGBTQIA+ mesmo que isso signifique sacrificar a coerência do jogo que fez tanto sucesso.
De RPG a Propaganda: Os Verdadeiros Fãs Ficam de Lado
A ironia é que a própria mecânica de Baldur’s Gate 3 contradiz esta imposição narrativa. Como o próprio artigo admite, no jogo os personagens não desenvolvem relacionamentos entre si – eles só formam laços com o protagonista controlado pelo jogador. Esta limitação existe por razões práticas de desenvolvimento, mas ao forçar um casal específico no material promocional, a Larian efetivamente privilegia um único caminho narrativo entre infinitas possibilidades.
Os defensores desta abordagem argumentam que isso “adiciona dimensão” às personagens, mas esta é exatamente a dimensão que deveria ser criada pelos próprios jogadores através de suas escolhas no jogo. A verdadeira diversidade em um RPG não está em impor relacionamentos específicos, mas em permitir que cada jogador crie sua própria história.
Particularmente reveladora é a referência à camiseta da “Team Jacob” no apartamento compartilhado – um aceno para outra franquia que sacrificou narrativa de qualidade em nome de apelo comercial. Assim como a saga Crepúsculo se tornou objeto de ridicularização por suas escolhas criativas questionáveis, Baldur’s Gate 3 arrisca alienar sua base de fãs ao trocar a complexidade narrativa por simplesmente agradar à militância.
Este é mais um caso de desenvolvedores confundindo diversidade genuína – que daria aos jogadores a liberdade de criar qualquer tipo de relacionamento com qualquer personagem – com tokenismo forçado que acaba por diminuir a experiência para todos. No fim, os únicos satisfeitos serão os ativistas que nunca jogaram o jogo em primeiro lugar, enquanto os verdadeiros fãs que construíram o sucesso da franquia são deixados de lado.