Depois do fiasco de Suicide Squad, amarrar Batman ao PlayStation é suicídio corporativo
Rocksteady tenta renascer, mas Sony já esfrega as mãos para vender exclusividade enquanto fãs pedem um Cavaleiro das Trevas para todos
O mundo gamer ainda lambe as feridas de Suicide Squad: Kill the Justice League. Mesmo assim, rumores indicam que Rocksteady prepara novo Batman sob patrocínio da Sony. Além disso, Nick “Shpeshal” Baker garante que o estúdio quer transformar o herói em mascote do PlayStation. É difícil imaginar estratégia mais míope à luz do desastre recente. Ou seja, ver o Cavaleiro das Trevas se tornando um dos símbolos de um “exclusivo PlayStation“.
A comunidade clama por Neo-Gotham de Batman Beyond, por um retorno à glória da trilogia Arkham ou até por um duelo contra o Superman bem escrito. Contudo, o que ninguém pediu foi exclusividade que empurra fãs de PC e Xbox para as sombras. Depois de PSN obrigatória em Helldivers 2 e das gafes de licenciamento, a ideia de segregar novamente o vigilante soa como déjà vu de ganância.
A Rocksteady também precisa provar que ainda é Rocksteady. Parte da equipe original saiu, a confiança murchou e o último encontro com o Cavaleiro das Trevas foi aquele final indigesto em que o herói virou marionete de roteiro preguiçoso. Antes de discutir contrato com a Sony, o estúdio deveria responder se consegue reencontrar a combinação de combate fluido, narrativa noir e mundo vivo que definiu Arkham.
Exclusividade talvez garanta cheque gordo, mas sacrifica boa vontade num momento em que a marca DC nos games precisa justamente do contrário. O Cavaleiro das Trevas sempre funcionou como símbolo universal de vigilância contra a opressão e o abuso de poder. Trancá-lo numa plataforma é repetir o crime que ele jurou combater com unhas e dentes. De certa forma, torná-lo um “exclusivo PlayStation” vai completamente contra essa ideia.
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