O comediante Bill Maher, outrora conhecido por posições de esquerda, agora soa como um centro-direitista, tal o radicalismo em que a esquerda se transformou. Em seu programa, Maher criticou a cultura “woke”, apontando que vai contra o liberalismo tradicional.
Maher afirmou que o liberalismo sempre acreditou em uma sociedade sem divisões raciais, onde a meta é não enxergar raça. Já os “woke” acreditam que raça deve ser a primeira coisa a se notar, o que, irônicamente, era a visão da Ku Klux Klan. Portanto, essa ideologia não pode ser chamada de liberal.
Ele foi bastante criticado por essa fala, mas está correto. A visão de que raça define a pessoa, em vez de nosso caráter, é uma visão prejudicial que foi superada. Hoje, essa visão voltou com força, só que com sinal trocado.
Maher também detonou o movimento Black Lives Matter, apontando que se preocupam apenas com certas vidas negras. Em Minneapolis, por exemplo, a polícia foi enfraquecida após os protestos pela morte de George Floyd. O resultado foi aumento da criminalidade, prejudicando a população negra pobre que não podia pagar por segurança privada como os ricos.
Em Chicago, homicídios entre a comunidade negra estão fora de controle há muito tempo, mas não geram a mesma comoção. “Vidas negras aparentemente não importam quando são tiradas por vidas negras”, ironizou Maher.
Maher vocaliza o senso comum da maioria das pessoas hoje. A esquerda ignora isso, focada em pautas identitárias. Já a direita está ocupada em guerras internas. O primeiro campo político que adotar o bom senso terá grande appeal junto ao eleitorado cansado dos extremos.
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