A Walt Disney Company enfrenta uma crise sem precedentes depois que a FCC (Comissão Federal de Comunicações) iniciou uma investigação oficial não apenas sobre as práticas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) da empresa, mas também especificamente sobre o CEO Bob Iger. Esta investigação surge em meio ao crescente fracasso comercial do remake de “Branca de Neve” estrelado por Rachel Zegler, que arrecadou apenas cerca de 169 milhões de dólares mundialmente.
Segundo informações, os reguladores estão examinando possíveis violações de regulamentações relacionadas às práticas de DEI, com foco particular na controvérsia gerada pela decisão da Disney de não contratar atores com nanismo para interpretar os sete anões no filme, substituindo-os por modelos gerados por computador. Esta decisão provocou fortes críticas da comunidade de atores com nanismo em Hollywood, que viram oportunidades de trabalho sendo eliminadas.
O conselho da Disney e Iger teriam realizado uma reunião de emergência após tomarem conhecimento da investigação, resultando em intensos desentendimentos internos. Durante esta reunião, Iger teria insistido que a empresa não cometeu irregularidades, mesmo com a FCC alertando sobre possíveis multas significativas caso sejam encontradas violações.
Acionistas Complicam Decisões Estratégicas
A situação da Disney é particularmente delicada devido à pressão de seus três principais acionistas – BlackRock, Vanguard e State Street – que valorizam fortemente iniciativas de DEI. Estes investidores representam uma parte substancial do valor de mercado da empresa, colocando a Disney em uma posição complicada: se diminuir suas políticas de DEI, corre o risco de perder seus maiores investidores; se mantiver as práticas atuais, pode enfrentar sanções regulatórias.
Esta contradição estaria contribuindo para a pressão do conselho para que Bob Iger deixe o cargo antes do previsto, recusando-se a permitir que ele permaneça até 2028. A intenção seria encontrar um novo CEO que possa implementar iniciativas de DEI de forma menos direta e controversa nos filmes, programas de televisão e produtos da empresa.
Em resposta à investigação, a Disney já tomou medidas preventivas, incluindo a suspensão da produção do remake live-action de “Enrolados”, que supostamente planejava alterar a etnia dos personagens principais. Esta decisão teria sido tomada por pressão do conselho, que prefere aguardar a conclusão da investigação da FCC antes de avançar com projetos que poderiam gerar novas controvérsias.
Além disso, a Disney enfrenta repercussões negativas do processo movido pela atriz Gina Carano, que teria conseguido avanços significativos em sua ação judicial contra a empresa após sua demissão de “The Mandalorian” em 2021. Este caso também deve envolver Bob Iger, criando mais um problema legal para a já pressionada administração da empresa.
O fracasso comercial de “Branca de Neve” continua sendo sentido, com redes de cinemas já começando a retirar o filme de cartaz, especialmente diante do sucesso do filme “Minecraft” que tem dominado as bilheterias. Mesmo assim, Iger teria reafirmado publicamente seu compromisso com iniciativas de DEI nos últimos dias, apesar das investigações em andamento.
Para a Disney, estes desafios representam um momento crítico que pode determinar o futuro da empresa e a permanência de Bob Iger como CEO.
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