Branca de Neve fracassa no Rotten Tomatoes

Compartilhe:

Em um cenário onde a cultura woke e a lacração frequentemente moldam as narrativas de Hollywood, o remake live-action de Branca de Neve, estrelado por Rachel Zegler, emerge como um exemplo evidente do choque entre o entusiasmo inicial artificial e a dura realidade crítica. A brigada de promoção do filme, ansiosa por apresentar uma versão “repaginada” do clássico conto de fadas, certamente não está feliz com o que veio à tona. Lançado originalmente em 1937, Branca de Neve e os Sete Anões foi o primeiro longa-metragem animado da Disney, um marco cultural que encantou gerações com sua simplicidade atemporal e personagens icônicos. Contudo, na atual onda de remakes live-action, a Disney optou por revisitar essa história, prometendo uma abordagem moderna que, ao que parece, comprometeu a essência do original em nome de valores contemporâneos que pouco ressoam com o público.

O embargo foi levantado, e a verdade se revelou: a adaptação live-action de Branca de Neve obteve uma classificação ruim no Rotten Tomatoes, alcançando míseros 49%. Esse número representa um despertar brutal, especialmente quando comparado às reações cuidadosamente orquestradas nas redes sociais, que chegaram a chamar o filme de “retorno triunfante à forma” para a Disney e elevaram Rachel Zegler ao status de “superestrela”. A pontuação registrada até 19 de março de 2025 deixa claro que o hype inicial não sobreviveu ao escrutínio real. Longe de ser uma celebração do legado da Disney, o filme parece ter sucumbido à tendência de priorizar agendas ideológicas sobre a fidelidade à narrativa que conquistou corações por décadas.

Críticas Específicas: Uma Avalanche de Decepção

Os críticos não hesitaram em expor as falhas do remake. Odie Henderson, do Boston Globe, expressou sua frustração ao dizer: “Eu tinha grandes esperanças de que Branca de Neve me faria feliz. Em vez disso, esse remake idiota me fez dormir e ficar irritado.” Suas palavras ecoam a decepção de quem aguardava uma adaptação que honrasse o espírito do clássico, mas recebeu uma obra que parece desleixada e sem alma. Já DarkSkyLady, da Nerdist, foi direta ao apontar os problemas técnicos: “Com uma combinação irregular de músicas esquecíveis, coreografia sem graça e poucas risadas genuínas, Branca de Neve fracassa em encontrar e manter seu equilíbrio.” Em um momento em que a tecnologia permite produções visualmente impressionantes, é inadmissível que um filme de alto orçamento falhe em entregar uma experiência minimamente envolvente.

Joonatan Itkonen, do Toisto.net, criticou a falta de ousadia: “Este é um filme que tenta muito não correr riscos ou mesmo reconhecer que riscos existem. O resultado é uma mistura de efeitos visuais ruins, canções novas e sentimentais e uma história cheia de tramas e falta de substância.” Em vez de explorar novas perspectivas ou prestar uma homenagem digna ao material original, o remake optou por uma abordagem covarde e superficial, incapaz de se sustentar como obra independente ou como tributo. Abe Friedtanzer, do Awards Buzz, completou o quadro ao afirmar: “Essa reimaginação de uma história que todos conhecem carece de imaginação, essencialmente traduzindo um texto sólido com a menor criatividade e profundidade possível.” Num mercado saturado de revisitações, o filme não oferece nada que justifique sua existência, tornando-se mais um produto genérico em meio à enxurrada de remakes.

Elogios Mornos: O Silêncio Ensurdecedor do Entusiasmo

 

Ainda mais revelador é o tom das críticas positivas, que se mostram mornas e desprovidas de qualquer paixão genuína. A maioria delas se limita a comentários como “Bem… não é a pior coisa que já vi…”, um elogio fraco para uma produção que deveria ser um marco no catálogo da Disney. As resenhas favoráveis no Rotten Tomatoes destacam-se mais pela ausência de entusiasmo do que por qualquer mérito real, sugerindo que mesmo aqueles que não odiaram o filme não encontraram para celebrá-lo. Esse silêncio eloquente reflete um problema maior: a incapacidade do remake de cativar ou inspirar, resultado de uma abordagem que parece mais focada em agradar às sensibilidades modernas do que em contar uma boa história.

Em um contexto onde a cultura woke e a lacração frequentemente sacrificam a qualidade narrativa em prol de mensagens forçadas, o fracasso de Branca de Neve é um lembrete de que o público ainda anseia por histórias bem construídas e personagens memoráveis. A tentativa de modernizar um conto clássico com uma agenda contemporânea aparentemente alienou tanto os fãs do original quanto os novos espectadores, criando uma obra que não satisfaz ninguém. À medida que a Disney persiste em revisitar seus clássicos animados, precisa reconhecer que a verdadeira magia dessas histórias reside em sua simplicidade e universalidade, não em modismos passageiros ou atualizações desnecessárias. Sem isso, a empresa arrisca manchar seu próprio legado, trocando a atemporalidade por relevância efêmera que, como demonstra o 48% no Rotten Tomatoes, não resiste ao teste do tempo.

Dragon Age: The Veilguard conseguiu flopar até na PlayStation Plus

Publicidade
Publicidade