Por Claudio Dirani
Desempregados, o anões esperam ocupar um ministério no Brasil…
Conhece aquele batido ditado popular, muito usado no futebol?
Quando o time é fraco demais, se você aplica uma goleada, foi “como bater em bêbado”. Já se você perdeu esse cara fraquinho, foi o bêbado – adivinha – que acabou sumariamente com você.
Em ambos os casos, a situação pode ser melancólica – principalmente, a segunda delas. Ninguém gosta de ser humilhado por um time da série D, tendo um elenco 5 estrelas.
Toda essa analogia serve apenas para ratificar o que vem sendo dito sobre a nova Branca de Neve, que estreia no Brasil só em 20 de março, mas que já vem azucrinando a vida de muita gente que só gostaria (ou talvez nem isso..) de rever uma versão bem feita do clássico de 1937.
Dito isso, não vale a pena repetir todas as anomalias faladas por Rachel Zegler, a triste protagonista do conto imortalizado por Walt Disney e ir direto ao ponto: o vazamento do trailer oficial que chegou até a passar em algumas salas de cinema pelo mundo.
Para não quebrar minha promessa, nem vale a pena citar uma das principais alterações no roteiro. Como se fosse algo agressivo ou proibido, a mítica frase da Rainha Má (Gal Gadot) dita para o Espelho foi alterada: Em vez de “existe alguém mais bela” os roteiristas se ajoelharam, questionando “existe alguma mais justa”.
É aí que desponta toda a politicagem que veremos no live action. Assim como já havia sido feito de uma forma, digamos, mais “medieval” em Branca de Neve e Caçador (porém, sem humilhar os homens), o destaque da trama infantil será uma disputa pelo reino, em que teremos a guerra “de líderes”, entre Branca e a Rainha.
Pura perda de tempo, e mais lugar comum nesse universo de Hollywood que já deu o que tinha de dar, quando o assunto é política.
Não é preciso ser muito inteligente para saber como será o fim. O príncipe será o coadjuvante do coadjuvante, enquanto Branca (Zegler) será a suprema-supimpa-top das galáxias, mostrando “o que uma mulher de verdade pode fazer, e sem aquele chato do príncipe”.
Isso não é surpresa, já que Zegler confessou tudo, para alegria da Disney, que não esperava receber tanto fogo amigo.
Não é bêbado, mas Branca de Neve merece..
No âmbito geral, até que visual, trilha, efeitos e dramatização (além da parte musical), Branca de Neve não deixa a desejar, e até aparenta ser bonitinha, ainda que ordinária.
Os anões em CGI parecem ter sido melhorados, mas a má notícia vai para os “amigos” de Peter Dinklage que ficaram sem emprego (enquanto o ator de Game of Thrones e X-Men se dá bem com os gordos cachês).
Claro que, analisar tudo apenas pelos meros 2 minutos do vazamento, não pode ser um exercício de precisão. Mesmo assim, meu conselho é: se prepare para não se emocionar – principalmente se você gosta da Branca de Neve, e não da Branca de NEVER!
Leia outra opinião sobre Banca de Neve publicada aqui no Se Liga Nerd!