Fontes alegam que de fato os bastidores do filme do “Capitão Sem Soro” foram tensos.
Capitão América: Admirável Mundo Novo finalmente chegou aos cinemas, mas a produção foi tudo menos tranquila.
Atormentado por infinitas refilmagens, controvérsia política e drama de bastidores, a mais recente entrada no MCU chega cercada de ceticismo dos fãs.
Bastidores polêmicos
Um artigo da Vulture trouxe o relato um membro da equipe técnica que trabalhou nas refilmagens do filme (refilmagens que o diretor Julius Onah agora está negando que houve).
Este membro da equipe, que quer manter sua identidade em sigilo, falou que a produção de Capitão América: Admirável Mundo Novo foi um pesadelo. O filme passou por 22 dias de extensas refilmagens após exibições teste catastróficas.
Somando-se ao caos, a Disney tomou uma decisão de última hora para incluir um novo supervilão, interpretado por Giancarlo Esposito, forçando grandes sequências de ação a serem retrabalhadas com grande despesa.
Com isso, o papel de Seth Rollins e de outros personagens no filme foram amplamente cortados. E ainda o membro da equipe disse que no geral, a equipe já temia que o filme não ficaria bom.
“Acho que todos na equipe sabiam que esse provavelmente não seria um bom filme. Algumas das sequências de ação não eram críveis. Tivemos muitas frustrações no set. Depois que a fotografia principal terminou, foi como, ‘Oh, vamos apresentar o líder da Serpent Society.’ Estava ligado, depois desligado, depois ligado novamente. Isso é muito caro de fazer.”
O “muito caro” é em relação ao custo exorbitante de Capitão América 4, cerca de US$ 300 milhões de dólares.
Harrison Ford estrelinha?
Grande parte do clima tenso nos bastidores veio de Harrison Ford, que interpreta Thaddeus “Thunderbolt” Ross / Hulk Vermelho.
Fazendo jus a sua fama de rabujento e de alguém muito difícil de trabalhar, Ford foi um dos que mais deu trabalho e fez com que o clima nos bastidores ficasse bem estranho.
“Harrison Ford foi um dos artistas mais mal-humorados com quem já lidei. O que foi triste. Sou fã. Mas ele era muito diva.”
“Tivemos que vestir um Harrison Ford de 80 e poucos anos com esses pontos de captura de movimento. Para mim, parecia que ele odiava e não queria fazer isso. […] Todo mundo estava tentando se esforçar para fazê-lo feliz. Isso criava um ambiente de trabalho muito estranho.”
Essa dinâmica difícil teria resultado em um ambiente de trabalho miserável, com a equipe pisando em ovos para atender às exigências da Ford.
Alusão à Trump removida
A fonte também confirmou algo que suspeitávamos, a remoção de qualquer alusão por parte de presidente Ross ao presidente dos EUA, Donald Trump.
“O General Ross parecia uma alusão a Trump.”, disse a fonte. “Ele é um general muito poderoso que se torna meio que um fa*cista e se transforma em um Hulk Vermelho furioso… Acho que a Disney estava percebendo, ‘Ei, estamos sangrando há um tempo. Vamos tentar não irritar nossa base principal mais do que temos feito nos últimos dois anos.'”
Todos esses relatos vem em meio à uma situação nada boa para o filme, que teve míseros US$ 40 milhões em sua estreia nos EUA e com a CinemaScore dando um B-, pior nota do agregado para um filme da Marvel.
Por Gui Santos