Cates critica Marvel: “Capitão América foi nazista, e Homem-Aranha não pode ter filho?”

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Donny Cates, ex-roteirista de *Venom* (2018-2021), *Hulk* (2021) e *Thor* (2020), cuja carreira foi interrompida temporariamente por um acidente de carro em 2022, expressou frustração com a Marvel Comics por impedir o crescimento duradouro do Homem-Aranha — contrastando com heróis como Capitão América e Superman, que evoluem livremente.

Em entrevista ao Popverse em julho de 2025, Cates discutiu sua proposta abandonada para *Ultimate Spider-Man* Vol. 3 (2024), originalmente sob sua liderança antes do acidente. Semelhante à versão atual de Jonathan Hickman, onde Peter Parker é casado com Mary Jane e tem filhos, Cates enfatizou: “As pessoas querem que ele seja casado, que tenha filhos. Façam isso por eles!” Ele comparou a relutância da Marvel a um restaurante ignorando demandas por sorvete, exclamando: “Vendam sorvete! Que p–rra há de errado com vocês?”

A editora justifica a manutenção do status quo pós-*Um Dia a Mais* (2007) — onde Peter faz pacto com Mephisto para desfazer o casamento —, alegando que filhos e envelhecimento “manchariam” o personagem perene, levando a divórcios ou perdas traumáticas. Cates rebate: “Ele matou Gwen Stacy logo no início. Ele quebrou o pescoço daquela va–a. Ele já se divorciou. Todas essas coisas já aconteceram.” Ele argumenta que tratar personagens como “frágeis” desonra seu legado; em vez disso, testá-los revela força, citando sobrevivências aos anos 90, como a morte e retorno de Superman com mullet, ou Capitão América como nazista em *Capitão América: Steve Rogers* (2016).

Essa rigidez reflete excessos de uma cultura que, sob pretexto de acessibilidade, pode suprimir narrativas orgânicas de família e maturidade, priorizando status quo ideologicamente “seguro” sobre fatos evolutivos dos quadrinhos. Cates conclui: “Apenas digam que não querem fazer isso, tudo bem.”

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