Chefão da Marvel conta tudo sobre o futuro dos heróis no MCU

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Kevin Feige dobra a aposta na “série B”

Por Claudio Dirani

A hora está chegando. Para quem ainda faz suas bets no casamento das HQs da Marvel com as superproduções, Deadpool & Wolverine promete literalmente dilacerar as salas escuras de cinema do mundo a partir de 25 de julho, com direito a piadas sujas, cenas violentas e classificação acima de 18 anos. 

Junto com a dupla de anti-heróis desbocados que dá nome ao longa dirigido por Shawn Lewy (Stranger Things), reaparece também a esperança em retomar a jornada consagrada da marca adquirida pela Disney, com épicos como Homem de Ferro, Thor, Vingadores e Capitão América.

Antecipando a estreia dos mutantes, o presidente da Marvel, Kevin Feige, respondeu a algumas questões intrigantes do site Deadline sobre a expectativa sobre o filme e o futuro da companhia, além das participações de Shawn Levy, Hugh Jackman, Ryan Reynolds e do próprio Feige no Painel Hall H da San Diego Comic-Con, entre os dias 25 e 28 de julho.

 

Confira um resumo da entrevista!

 

 

Podemos dizer que a classificação de Deadpool & Wolverine para um público mais adulto irá marcar o início de uma era mais ousada para o MCU?

Kevin Feige – Acho que chama muita atenção o fato de este ser o nosso primeiro filme censurado, mas é o terceiro filme do Deadpool censurado, então queríamos permanecer fiéis ao que Ryan construiu ao longo dos últimos filmes e estávamos ‘ não vou desfazer isso.  Hugh e Ryan conversaram sobre isso – e acho que as pessoas podem dizer pelo trailer e pelos 40 minutos exibidos que há um pouco de sangue e palavrões, mas o filme é incrivelmente emocional. 

Ainda assim, continuo achando o filme censurado mais saudável já feito. É realmente uma celebração da amizade e da família. Não quero exagerar, mas apesar de toda a obscenidade, quando as pessoas assistirem ao filme, eles vão notar que ele é muito mais sincero do que os dois anteriores do Deadpool. É por isso que estou realmente animado, uma vez que as pessoas irão superar as palavras ‘F’ e a classificação R, para ver como ele é um “filme doce”.

 

 

Com tudo o que cerca a estreia de Deadpool & Wolverine, é possível afirmar que ele marca uma espécie de renascimento dos filmes de super-heróis?

Kevin Feige – Nunca acreditei muito que o super-herói fosse um gênero em si. Acho que a resposta para essa pergunta é a mesma resposta aos filmes em geral: fazer filmes envolventes e divertidos que devem ser vistos na tela grande do cinema com as salas lotadas.

As pessoas têm ido assistir Divertida Mente 2,  isso é incrivelmente emocionante para nós, pois lembra as pessoas da alegria de ir ao cinema. Acho que proporcionar essa experiência é o nosso trabalho. Esse é o nosso trabalho na Marvel – lembrar às pessoas que temos os melhores contadores de histórias e podemos oferecer o melhor entretenimento do mundo. Isso é tudo que sempre quisemos fazer, foi tudo que tentamos fazer. Acho que temos que continuar evoluindo e expandindo os meios de realizar esse trabalho.

 

 

“Temos 8.567 outras coisas para fazer” afirma o big boss da Marvel

Voltando ao primeiro Homem de Ferro, ele não era um personagem “A” da Marvel – era considerado um personagem “B”, e se transformou na chama que deu início a tudo. Você acredita que seria possível realizar um novo Homem de Ferro ou Guardiões da Galáxia nos dias de hoje?

Kevin Feige – Sim. Quando estávamos indo para a Comic-Con em 2007 e levando o Homem de Ferro para lá com (a direção de) Jon Favreau, escreveram uma matéria que dizia algo como: “Marvel convoca a equipe ‘C” –  será que eles conseguirão fazer algo que não seja com o Homem-Aranha ou com os X-Men?’ 

Então, pensamos: “Temos 8.567 outras coisas para fazer”. O público quer ver uma grande peça de entretenimento. Eu disse por muito tempo que o golpe duplo para a Marvel, antes de mim, foi Blade e depois X-Men. Blade era um personagem que ninguém conhecia dos quadrinhos, ou muito poucas pessoas conheciam. Não foi anunciado como sendo da Marvel Comics. X-Men foi a HQ quadrinho mais vendida nos 15 anos anteriores ao lançamento do filme.

Ambos se saíram extremamente bem, e isso nos deu a noção de que o que importa menos é quantas edições você vendeu, mas o quanto você pode tornar o personagem envolvente. E foi isso que tentamos fazer com Homem de Ferro, Homem-Formiga, Doutor Estranho e Guardiões da Galáxia.

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