Crise de credibilidade na CNN
A CNN sofreu um novo golpe em sua credibilidade nesta semana, após aparentemente defender Kathleen Kennedy em uma manobra que parece ser uma ação coordenada de relações públicas, segundo informações divulgadas por Matt Belloni, do site Puck. A emissora havia publicado um artigo contradizendo um relatório anterior da Puck, que afirmava que Kennedy estaria planejando sua saída da Lucasfilm. Para sustentar sua versão, a CNN citou uma fonte anônima e imprecisa, supostamente “próxima à situação”, que declarou não haver “nada concreto no momento”. Porém, Belloni revelou quem provavelmente seria essa fonte: o próprio assessor de imprensa pessoal de Kennedy, Simon Halls.
Consequências e implicações
Esse caso levanta questões sérias sobre a conduta da CNN. Se as informações trazidas por Belloni forem precisas, isso significaria que a CNN não apenas foi induzida ao erro por uma manobra de relações públicas a favor de Kathleen Kennedy, mas que estava plenamente consciente da situação e optou por participar dela voluntariamente. Belloni reforçou essa hipótese ao destacar, em sua recente resposta a Mike Fleming Jr., do Deadline—que havia feito uma entrevista extremamente favorável com Kennedy justamente para contestar o relatório original da Puck—, que a linguagem usada por essa fonte anônima da CNN é praticamente idêntica à do publicista de Kennedy.
Essa constatação indica que a CNN, em vez de fazer jornalismo sério e imparcial, teria conscientemente reproduzido uma narrativa criada pela equipe de relações públicas de Kennedy, sem revelar aos seus leitores a verdadeira agenda da fonte. Tal atitude configura uma violação grave dos princípios básicos da integridade jornalística.
Portanto, a questão central não é se a CNN foi enganada, mas sim, caso Belloni esteja correto, que a rede sabia exatamente o que estava fazendo e mesmo assim optou por publicar a história. Uma atitude assim deixa de ser jornalismo para se tornar, efetivamente, propaganda corporativa.