Como Hollywood seleciona seus roteiristas está fundamentalmente quebrado

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Existem mais de 50 mil registros de roteiros anuais na Writers Guild of America (WGA), o sindicato dos roteiristas nos EUA. Em contraste, o número de roteiros vendidos é de apenas 25, segundo dados de 2020. Geralmente, esse número fica na faixa das dezenas.

Abundância de roteiros

Apesar da abundância de roteiros medíocres, cerca de 50 mil inundam o mercado a cada ano, com autores convictos de que escreveram uma obra-prima. As chances de venda são mínimas, mais difícil do que ser atingido por um raio.

Esse volume sobrecarrega estúdios e roteiristas quanto a como descobrir bons scripts e fazer com que os melhores cheguem ao público certo.

Leitores são obstáculo

Estúdios recorrem a leitores, mas eles são um obstáculo, com qualidade, expertise e gostos distintos. Um roteiro vive ou morre nas mãos do leitor. Mesmo lendo 50 mil roteiros, ainda é trabalho intenso demais.

Foco em diversidade

Para agilizar, Hollywood passou a selecionar roteiristas pelo background, incentivando que destaquem certos traços em detrimento de outros. O foco passou a ser diversidade e inclusão como forma de buscar talentos.

Mérito negligenciado

Enquanto isso, histórias sofrem. Mangás dominam nos EUA com sistema baseado em mérito, trazendo diversidade naturalmente. Priorizar background sobre habilidade compromete a qualidade.

Especialistas defendem uso de IA para analisar estrutura narrativa e revelar talentos ignorados entre os 50 mil roteiros anuais. Mas há resistência em Hollywood. A forma atual de seleção de roteiristas parece quebrada.

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