Lazarus, a nova obra do renomado Shinichirō Watanabe, conseguiu driblar a censura para revelar verdades inconvenientes.
Em um mundo onde a grande mídia e as corporações farmacêuticas andam de mãos dadas, surge a mais nova empreitada de Watanabe, que tem tudo para ser um dos grandes animes de 2025.
O criador de Cowboy Bebop inicialmente pretendia seguir uma linha mais leve e cômica como em Space Dandy, outra grande obra de Watanabe.
Mas em uma rara atitude, a Warner Bros./Adult Swin solicitou “uma abordagem mais séria” para Lazarus. Seria coincidência ou uma rara oportunidade de infiltrar uma mensagem poderosa?
Ambientada em 2052, a série nos apresenta o Hapna, um analgésico milagroso que promete eliminar completamente a dor.
Uma metáfora perfeita para como a indústria farmacêutica vende soluções rápidas que escondem consequências devastadoras.
Não é difícil fazer a conexão com a crise de opioides que assolou os Estados Unidos – uma situação que enriqueceu laboratórios enquanto destruía comunidades inteiras.
A Verdade Incômoda Que as Elites Tentam Esconder
O ponto de virada da trama ocorre quando o próprio criador do medicamento, Dr. Skinner, abandona o conforto do silêncio e decide expor que o Hapna causa morte imediata. Um claro paralelo com os cientistas e médicos que arriscaram carreiras e reputações para denunciar os efeitos colaterais de medicamentos aprovados às pressas.
A formação da equipe “Lazarus”, liderada pelo prisioneiro brasileiro Axel Gilberto e patrocinada pelo governo americano, levanta questões incômodas: por que as autoridades só agiram depois que a verdade se tornou pública? Quantas pessoas já haviam sido sacrificadas no altar do lucro enquanto o establishment fingia ignorância?
O envolvimento de Chad Stahelski, diretor da franquia John Wick, na coordenação das cenas de ação, garante que a mensagem venha embalada no entretenimento de alta qualidade que o público mainstream consegue digerir. Uma estratégia inteligente para driblar a censura cultural imposta pelos guardiões do politicamente correto.
Watanabe confessou abertamente que a inspiração veio da crise dos opioides, mas poucos na mídia tradicional destacam este fato em suas análises. Afinal, falar sobre como grandes corporações farmacêuticas manipulam dados, compram estudos científicos e financiam campanhas políticas não combina com o discurso de que devemos confiar cegamente nas autoridades sanitárias.
Enquanto os eternamente ofendidos se preocupam com pronomes e microagressões imaginárias, Lazarus nos confronta com a verdadeira opressão: o sistema que sacrifica vidas em nome do lucro, escondendo-se atrás de uma fachada de benevolência científica e “bem comum”. Uma obra que merece ser assistida por quem ainda consegue pensar por conta própria.