Criador de “Percy Jackson” culpa protagonista mirim por não “desconstruir o patriarcado”

Compartilhe:

Rick Riordan diz que livros originais não exploraram Medusa pois Percy não tinha “banda larga” para questão de gênero

O famoso autor Rick Riordan gerou polêmica entre fãs de seu icônico livro “Percy Jackson e os Olimpianos” ao tentar justificar mudanças significativas na vilã Medusa para a adaptação da franquia como série na plataforma Disney+.

Agenda feminista guia mudanças

Segundo Riordan, o motivo de a personagem não ter sido originalmente retratada como uma vítima dos deuses é que “em 2005, não acho que Percy, com 12 anos, tinha banda larga para desconstruir o patriarcado”. Ou seja, o protagonista era imaturo demais para entender as supostas opressões do “heteropatriarcado” dos mitos gregos.

Em contraste, os roteiristas da série seguiram uma cartilha feminista contemporânea para expandir o arco da Medusa, retratando-a mais como uma vítima de abusos dos deuses, especialmente Poseidon.

Foco em evitar “lente patriarcal”

De acordo com os showrunners do seriado, todas as drásticas alterações na trama têm como objetivo evitar uma “lente patriarcal” na narrativa original de Riordan, removendo estereótipos femininos negativos. Porém, na prática, o que se vê por parte dos roteiristas é uma inversão radical dos eventos para agradar a ala mais militante da crítica especializada.

Atriz se inspira em statue feminista

A atriz Jessica Parker Kennedy, intérprete da Medusa, se inspirou em uma controversa estátua que inverte o clássico imagínario da personagem decapitada por Perseu. A ideia é reforçar a noção de que ela foi uma vítima inocente dos caprichos dos deuses em uma sociedade intrinsicamente opressora às mulheres.

Polêmica entre fãs mais conservadores

A mudança gerou controvérsia entre alguns fãs mais conservadores dos livros de Riordan, que viram como uma deturpação desnecessária da obra original para inserir uma agenda política e social. Já progressistas têm comemorado o que consideram um “empoderamento” da vilã agora retratada como vítima do “patriarcado opressor”.

Porém, ao invés de defender a essência original de seus escritos, Riordanresolveu endossar e até mesmo incentivar essas alterações politicamente motivadas feitas pelos roteiristas da série. Além da Medusa, outra mudança polêmica foi trocar a etnia original da protagonista feminina Annabeth Chase.

Críticos celebram revisionismo

Enquanto os fãs reclamam das deturpações, a crítica especializada tem celebrado essas alterações como necessárias e importantes para “subverter” os elementos mais conservadores e patriarcais dos mitos greco-romanos.

Mas apenas o tempo dirá se a série será bem sucedida ao misturar proselitismo político e identitário com o entertainment dos livros que encantaram gerações depuis saída nos anos 2000.

 

Diversidade em Percy Jackson gera polêmica entre fãs e criador

Publicidade
Publicidade