Crise na Disney: Mais de 14 mil funcionários ameaçam entrar em greve

Disney

Compartilhe:

Discussões seguem na Casa do Rato

Por Claudio Dirani

 

No vocabulário da astrologia, a expressão “inferno astral” indica o período que antecede o aniversário de um indivíduo, marcado por sentimentos como angústia, ansiedade e má sorte.

Acredite ou não, a teoria pode estar certa – principalmente no caso da  Walt Disney Company . Embora o complexo sopre as velinhas apenas em outubro, o parque “que deu origem a tudo” em Anaheim, Califórnia, acaba de completar 69 anos de existência. A data, contudo, não tem sido motivo de grandes celebrações.

Envolvida em uma série de polêmicas recentes – entre elas, a da escolha de colaboradores por identidade de gênero – a gigante de entretenimento voltou aos trending topics nesta semana no melhor “estilo CUT”.

Após quatro meses de negociações infrutíferas, os mais de 14 mil funcionários da Disneyland – o parque que deu origem a tudo em 1957 – ameaçam cruzar os braços se as reivindicações trabalhistas não forem atendidas imediatamente.

Alegando não terem ainda recebido uma contraposta interessante de reajuste salarial, representantes dos funcionários afirmam que a direção da Disney tem ameaçado os funcionários que usam broches com a figura do Mickey “de punho cerrado”, representando a luta por melhores condições.

“Na semana passada, vi um dos gerentes exigindo que o broche fosse retirado. Ele disse que, caso ela não tirasse, a pessoa tomaria uma advertência”, revelou a funcionária Ginny Cristales, que recebe US$ 2.800 mensais.

“Greve seria a última consequência, mas se a Disney não aceitar nossas reivindicações ela deve acontecer. A empresa anuncia US$ 2 bilhões em investimentos nos parques, mas não paga um salário justo”, reclamou.

Disney: não seja um vilão

Nesta semana, os protestos foram um pouco além dos broches nos uniformes. Centenas de trabalhadores descontentes organizaram um manifesto em frente ao parque californiano, portando cartazes mais incisivos com os dizeres: “Mickey quer um salário justo”, “Disney: não seja o vilão” e  “O elenco da Disney merece ganhar mais”.

“Continuamos focados no bem-estar de nossos convidados e membros do elenco. Continuamos comprometidos com as próximas reuniões em chegar a um acordo que foque no que é mais mais importante para nossos colaboradores”, afirmou a assessoria da Disneyland Resort.

A próxima reunião entre as partes para discutir as revindicações deve acontecer nos dias 22 e 23 de julho.

Publicidade
Publicidade