Dave Chappelle provoca polêmica novamente com piadas sobre comunidade trans em novo especial da Netflix

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O popular comediante norte-americano Dave Chappelle voltou a gerar controvérsia e críticas com seu mais recente especial de stand-up comedy intitulado “The Dreamer”, lançado no último dia 1o de janeiro pela Netflix.

Logo nos primeiros 12 minutos do especial, Chappelle faz várias piadas envolvendo a comunidade transgênero, comparando essas pessoas a atores que entram profundamente no papel das personagens.

“De certa forma, é assim que as pessoas trans me fazem me sentir”, disse o comediante. “Agora, olhando em retrospecto, como eu poderia ter tanta sorte de ver um dos maiores artistas do meu tempo imerso em um de seus processos criativos mais desafiadores? Muita sorte. Mas na hora foi muito frustrante, porque eu só queria conhecer o Jim Carrey, e tive que fingir que aquele cara era o Andy Kaufman”, completou, em referência a um encontro com Jim Carrey durante as filmagens de “O Homem na Lua”.

Mídia woke mais uma vez condena ferozmente Chappelle

Assim como aconteceu com seus especiais anteriores exibidos pela Netflix, “The Dreamer” rapidamente provocou reações indignadas da mídia liberal e ativistas progressistas e LGBTQIA+.

Publicações como San Francisco Chronicle, Variety e The Daily Beast não perderam tempo para acusar Dave Chappelle de continuar seu “ataque” à comunidade trans, rotulando seu novo especial como “antitrans” e afirmando que suas piadas contribuem para reforçar preconceitos contra essa minoria.

A Variety foi uma das mais contundentes ao dizer que “talvez seja hora de Dave Chappelle tentar um novo material”, numa clara tentativa de censurá-lo, enquanto o The Daily Beast disparou que Chappelle “não aprendeu nada” com as recentes polêmicas geradas por seus especiais anteriores, principalmente “The Closer”, que causou protestos de ativistas LGBT em 2021.

Chappelle zomba dos críticos e não pretende mudar rotina

Durante o especial de quase uma hora, Dave Chappelle zomba das acusações de que precisa da comunidade trans para ser engraçado ou que estaria dando muito destaque a eles em seus shows.

“Essas pessoas agiram como se eu precisasse delas para ser engraçado. Bem, isso é ridículo”, rebateu o experiente comediante.

Em outro momento mais contundente, Chappelle brinca com sarcasmo: “Hoje à noite vou fazer apenas piadas sobre deficientes. Eles não são tão organizados quanto os gays”.

A sinalização do comediante é clara: ele não pretende mudar seu estilo humorístico irreverente e não deve recuar das piadas envolvendo a comunidade LGBTQIA+ apenas para agradar ativistas ou a militância progressista.

Netflix firme em apoiar liberdade criativa de Chappelle

A Netflix, que tem um contrato milionário de exclusividade com Dave Chappelle e é a plataforma que mais investe em comédia stand-up no mundo, segue demonstrando firmeza em apoiar o comediante e se posicionou fortemente no passado contra pedidos externos e até de seus próprios funcionários para remover o conteúdo do humorista do catálogo, por considerá-lo ofensivo.

Em resposta a um grupo interno de funcionários trans da Netflix que exigiu retirar os especiais de Chappelle que supostamente contribuiriam para aumentar a discriminação contra minorias, um executivo chegou a dizer que não considerava o discurso do comediante como “incitação ao ódio” e que a plataforma continuaria investindo na obra dele.

Portanto, apesar das críticas e pressões de grupos woke e militantes LGBT, a polêmica entre Chappelle e esses ativistas deve continuar, mas a Netflix já sinalizou firmemente que não pretende cortar relações ou deixar de apoiar seu maior astro da comédia stand-up por causa de piadas polêmicas sobre a comunidade trans.

 

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