De Bye, Bye, Bye a Unchained Melody: os super hits que “renasceram” na tela

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Músicas que viraram febre graças ao poder do cinema

Por Claudio Dirani

 

No atual cenário rock-pop, é mais do que normal escavar hits que embalaram os últimos 70 anos para montar aquela chamada “trilha perfeita”. Sim, há escassez de boa música no chamado mainstream.

Em Deadpool & Wolverine, o filme do momento, “Bye, Bye, Bye” do NYSYNC, literalmente, ressuscitou a boy band norte-americana. Número 4 no Hot 200 das Billboard em janeiro de 2000, a faixa subiu até a posição de nº 32 entre as mais executadas do Spotify, com 3,5 milhões de execuções entre 26 e 29 de julho.  Nada mal para uma canção de 24 anos.

 

O caso do NYSYNC, no entanto, está longe de ser isolado e exclusivo – e o Se Liga Nerd comprova o fenômeno com alguns exemplos interessantes. 

 

Mais hits “além do espaço e do tempo”

 

Unchained Melody – The Righteous Brothers

Ghost – do Outro Lado da Vida foi uma das sensações do cinema em 1990, e a história protagonizada por Patrick Swayze também foi embalada por uma música antiga, e da era pré-rock and roll. Estamos falando de “Unchained Melody”. 

Escrita por Todd Duncan em 1955, a balada deixou o passado para brilhar como trilha do drama paranormal nas vozes de Bill Medley e Bobby Hatfield, mais famosos como The Righteous Brothers.

Regravada em julho de 1965, “Unchained Melody” chegou à 4ª posição da Billboard, mas seu poder de fogo apareceu mesmo em 1990, quando dominou as paradas em 6 países (incluindo Reino Unido), além da segmentada parada Adult Contemporary da Billboard norte-americana, onde decolou até o 1º lugar. 

 

Bohemian Rhapsody – Queen

Entre todos os hits que o Se Liga Nerd investigou, a épica “Bohemian Rhapsody” é, de longe, uma das mais complexas gravações da história do rock. Para concluir a edição das diversas seções que compõem a música composta por Freddie Mercury, o Queen usou nada menos que 6 estúdios.

Quando lançada em 1975, a mini-ópera atingiu o topo das paradas em 8 países – mas não nos Estados Unidos, onde quase perdeu o Top 10. Para conquistar a América foram necessários mais 17 anos, quando o single da banda inglesa escalou o 1º posto da Cash Box, graças à implacável rotação do clipe da comédia Quanto Mais Idiota Melhor promovida pela MTV.

A injeção de jovialidade valeu à  “Bohemian Rhapsody” um novo recorde, superando vendas de 20 milhões de singles em todo o mundo.

Running Up That Hill (A Deal With God) – Kate Bush

 

A série Stranger Things caminha para sua conclusão em 2025, e parte desse estrondoso sucesso pode ser creditado à reaparição de “Running Up That Hill” – o hit da inglesa Kate Bush que contaminou gerações ao ser incluído na quarta temporada.

Originalmente parte do álbum Hounds of Love de 1985, o single não passou do 3º lugar no Reino Unido (seu melhor resultado contemporâneo), até encarar um plot twist radical: ao servir como tema da personagem de Sadie Sink  na atração dos Duffer Brothers, a música invadiu as paradas globais, chegando ao 2º lugar do Hot 200 da Billboard.

 

I Will Always Love You – Whitney Houston

 

No auge de sua fama, a colecionadora de hits Whitney Houston contracenou com Kevin Costner no romance musical O Guarda Costas, que emplacou US$ 411 milhões nas bilheterias em 1992. Além de contar com a excelente fase do galã, o filme ainda foi turbinado pela balada “I Will Always Love You”, cantada de forma espetacular pela própria Whitney.

Gravada no melhor estilo bluegrass, a composição original de Dolly Parton até chegou a emplacar um 1º lugar no Hot 100 Country da Billboard em 1975 – desempenho que voltaria a repetir em 1982, quando entrou na trilha da divertida comédia A Melhor Casa Suspeita do Texas.

A escalada de “I Will Always Love You” no pop, contudo, aconteceu somente uma década mais tarde com a versão de Whitney – e direito ao Grammy de Gravação do Ano em 1994, além de 14 semanas em 1º lugar no Hot 100 da Billboard. Nada mal para uma música que já tinha quase 20 anos.

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