A Queda do Prestígio dos Oscars
Os Oscars, antes considerados um marco de excelência cinematográfica, têm se deteriorado em uma versão diminuta de seu antigo esplendor – uma transformação acelerada pela implementação de padrões de diversidade e inclusão em 2024. Essas mudanças, desencadeadas pelos protestos #OscarsSoWhite de 2015 e 2016, visavam abordar desigualdades percebidas, mas em vez disso, erodiram a base meritocrática que definia o prêmio. Isso deixou a 97ª edição do Academy Awards (realizada em 2 de março de 2025) como um testemunho de uma herança obscurecida por política de identidade. Em 2014, uma pesquisa do Los Angeles Times revelou que a base de eleitores da Academia era composta por 94% de brancos, 76% de homens e tinha uma idade média de 63 anos, destacando uma falta de diversidade.
O Preço da Perda de Identidade
Em resposta, a Academia instituiu critérios de inclusão para a eligibilidade do prêmio de Melhor Filme a partir da 96ª edição do Oscars, exigindo que os filmes atendessem a dois dos quatro padrões: diversidade de elenco, representação da equipe, acesso à indústria ou marketing inclusivo. Segundo a Annenberg Inclusion Initiative, essas medidas levaram a um aumento de 19% nas indicações de mulheres e um aumento de 20% nas indicações de não-brancos em 2024. No entanto, essa reformulação atraiu críticas, notadamente de Steven Spielberg, que apoiou uma representação mais ampla, mas se opôs à revogação dos direitos de voto dos membros veteranos, argumentando que isso penalizava injustamente aqueles que haviam conquistado seu lugar por meio de décadas de contribuição. Seu aviso se provou correto: em vez de aprimorar a justiça, o novo sistema substituiu o mérito por um foco rígido na demografia, impondo julgamentos baseados em raça e gênero que invertem a ética original da Academia em um arcabouço onde a identidade, e não a arte, reina suprema. Esse desvio tem sido acompanhado por um declínio perturbador na diligência dos votantes, com exemplos de membros da Academia admitindo terem ignorado filmes nomeados ou votado com base em percepções erradas, em vez de avaliar os méritos artísticos das obras. Tudo isso contribui para a erosão do prestígio e da credibilidade dos Oscars.
