Diretor de Besouro Azul associa vilão Bane a intervencionismo americano na América Latina

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As declarações do diretor Angel Manuel Soto sobre o vilão Bane expõem um problema cada vez mais comum em Hollywood: a obsessão em inserir política e ideologia a qualquer custo, mesmo quando a obra original não sustenta esse viés.

Soto claramente forçou uma associação descabida entre Bane e o intervencionismo americano na América Latina. Nos quadrinhos, não há menção alguma a isso na origem da personagem. É uma interpretação completamente alheia ao material de origem.

Vengeance of Bane #1 (1993), DC Comics

Infelizmente, esse tipo de leitura político-ideológica equivocada tem sido cada vez mais comum entre certos cineastas. É uma arrogância desnecessária, que subestima a inteligência do público.

Forçar uma mensagem política goela abaixo do espectador só serve para afastá-lo. Em vez de criar obras originais que abordem os temas que desejam, esses diretores preferem deturpar histórias já estabelecidas com releituras descabidas.

Vengeance of Bane #1 (1993), DC Comics

É uma pena que o potencial do entretenimento mainstream seja sacrificado por causa da agenda política de alguns. Felizmente, o público tem se mostrado avesso a esse tipo de retórica vazia e militante – e os fracassos de bilheteria são prova disso. Tomara que Hollywood aprenda a lição.

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