Diretor de Final Fantasy XV deixa Square Enix após controvérsia criativa

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O famoso diretor do aclamado jogo Final Fantasy XV (FFXV), Hajime Tabata, fez revelações polêmicas sobre sua controvertida saída da desenvolvedora Square Enix alguns anos atrás.

Em entrevista recente, Tabata afirmou que acabou forçado a abandonar seu alto cargo na empresa japonesa devido a desentendimentos criativos com a alta cúpula da Square Enix.

Cancelamento de DLC impulsiona racha criativo

A gota d’água para a ruptura foi o cancelamento da expansão “Dawn of the Future” para FFXV, que mostraria desdobramentos importantes na história dos protagonistas Noctis e Lunafreya.

De acordo com Tabata, o conteúdo extra traria eventos que mudariam o destino dos personagens, além de uma batalha ao lado de Aranea e Ardyn contra a divindade Bahamut.

Diretor lamenta quebras de promessas feitas aos fãs

Além da frustração pessoal com sua saída conturbada, o diretor afirmou que ficou bastante sentido por não ter conseguido cumprir suas promessas aos jogadores sobre os rumos da história de FFXV.

Segundo ele, ter que abandonar de forma forçada seu ambicioso projeto criativo o motivou depois a fundar seu próprio estúdio, a JP Games.

Square Enix seguiu em frente com Final Fantasy

Enquanto Hajime Tabata desenvolve um novo RPG para consoles com sua produtora recém-fundada, a Square Enix seguiu investindo pesado na franquia Final Fantasy, com o desenvolvimento de FF XVI já confirmado.

Além disso, em 2023 a big tech japonesa lançará FF VII Rebirth, sequência do remake de seu clássico mais famoso, dessa vez com gráficos de última geração e possíveis novidades na história e nos personagens para agradar o público mais exigente e progressive.

Sucesso comercial vs. coerência criativa

O caso de Tabata ilustra o delicado equilíbrio nas big techs de games entre a pressão por sucesso comercial e lucratividade contra a autonomia criativa e coerência na condução dos projetos.

Resta saber se o director terá mais sorte com seu novo RPG livre das amarras corporativas, mesmo que possivelmente povoado por lacração e mensagens ideológicas tão ao gosto da crítica especializada.

 

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