Diretor de Hollywood Argumenta que ‘X-Men ’97’ Escolheu Adaptar ‘O Julgamento de Magneto’ para Criticar os Apoiadores de Trump

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Joe Russo sugere que a escolha do arco clássico dos quadrinhos foi uma alfinetada política, mas fãs questionam sua interpretação

Em uma recente polêmica no Twitter, o diretor de filmes de terror Joe Russo afirmou que a adaptação do icônico arco “O Julgamento de Magneto!” em X-Men ’97 foi feita não como uma homenagem ao material original, mas como um comentário direto sobre “a turma do MAGA” e “os insurrecionistas de 6 de janeiro”. A declaração gerou debate entre os fãs, com muitos questionando se Russo não estaria forçando uma narrativa política em uma história clássica dos quadrinhos.

Publicada originalmente em 1985 na edição Uncanny X-Men Vol. 1 #200, “O Julgamento de Magneto!” mostrava o Mestre do Magnetismo tentando convencer a Corte Internacional de Justiça de que sua recente conversão para o lado do bem era genuína, após anos de atividades terroristas e derramamento de sangue. O discurso franco de Magneto sobre a coexistência entre mutantes e humanos se tornou um momento memorável na história das HQs.

X-Men ’97 optou por focar nessa mensagem de “Querendo ou não, precisamos aprender a compartilhar o planeta” ao adaptar a cena em seu segundo episódio, “Mutant Liberation Begins”. Magneto, levado a julgamento para provar sua nova dedicação em ajudar o sonho de coexistência do Professor Xavier, faz um discurso similar, embora mais condensado, ao da HQ.

No entanto, Joe Russo argumentou no Twitter que essa cena foi escolhida especificamente para criticar os eleitores “MAGA”. “Vocês acham que a turma do MAGA já percebeu que o episódio 2 de X-MEN ’97 é sobre eles e os insurrecionistas de 6 de janeiro, ou não?”, provocou o diretor.

Diante da reação dos fãs, muitos sugerindo que ele estaria forçando demais a aplicação de uma lente atual a uma história de 1985, Russo insistiu: “Algumas pessoas profundamente estúpidas nos comentários. Minhas favoritas são ‘Mas, mas, mas é baseado nessa antiga edição de Uncanny X-Men’. Meu caro, existem mais de 60 anos de histórias que eles poderiam ter escolhido para lançar essa nova série. Por que esta agora?”

Quando um apoiador implorou para Russo “não fazer isso” e deixá-lo “ter uma coisa que não seja acusada de ser ‘woke'”, o diretor declarou: “X-Men é ‘woke’ desde 1963”.

A discussão levantada por Russo evidencia a crescente tendência em Hollywood de infundir narrativas políticas em adaptações de histórias clássicas, muitas vezes gerando controvérsia entre os fãs. Embora os X-Men tenham sido há muito tempo uma alegoria para a luta pelos direitos civis e a aceitação dos diferentes, alguns argumentam que forçar paralelos com eventos políticos específicos pode prejudicar a apreciação das histórias por seu valor próprio.

Enquanto o debate continua, uma coisa é certa: a cultura “woke” de Hollywood parece estar infiltrando-se até mesmo nas mais icônicas narrativas dos quadrinhos. Cabe aos fãs decidirem se essa é uma evolução bem-vinda ou uma imposição desnecessária de agendas políticas em seu entretenimento favorito. Afinal, como diria o próprio Magneto, “querendo ou não, precisamos aprender a compartilhar este mundo”.

 

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