O renomado cineasta John Carpenter, conhecido por clássicos do terror como Halloween, confessou estar completamente perplexo com o estrondoso sucesso e fenômeno cultural criado pelo filme Barbie.
Em reveladora entrevista ao Los Angeles Times, Carpenter brincou não entender o enredo ou as referências do filme estrelado por Margot Robbie e dirigido por Greta Gerwig. “Eu assisti Barbie. Não consigo acreditar que assisti Barbie. Simplesmente não é da minha geração”, disse.
Carpenter tentou resumir a trama da seguinte forma hilária: “Ela diz ‘Eu não tenho vagina’ e no final ‘Vou a um ginecologista!’. Esse é o filme pra mim”.
Apesar de claramente confuso com os temas do longa, o cineasta de 75 anos elogiou o desempenho de Margot Robbie no papel principal. “Ela é fabulosa”, afirmou.
Diferente da perplexidade de Carpenter, crítica e público abraçaram Barbie com entusiasmo. O filme faturou impressionantes US$ 1,44 bilhão nas bilheterias globais, se tornando a maior bilheteria da história da Warner Bros.
Com uma trama repleta de referências da cultura pop e modismos, o filme parece ter passado batido para o veterano diretor.
A reação de Carpenter exemplifica a enorme distância cultural e geracional que o filme atravessou. Enquanto alguns se identificam com o longa, muitos espectadores aparentemente ficam tão confusos quanto Carpenter.
Outros renomados cineastas também demonstraram desconexão com o fenômeno Barbie. O comentarista Bill Maher chamou o filme de “pregando” contra uma suposta agenda. Já o diretor Scott Derrickson pediu que Barbie ganhasse o Oscar de Melhor Filme.
Enquanto novos ícones como Barbie são abraçados por alguns, a velha guarda do cinema por vezes só consegue arranhar a cabeça, incrédula com as novas tendências. Resumindo nas sábias palavras do mestre Carpenter: “Eu não tenho nada a ver com bonecas Barbie. Não sei quem é Allan”.