Verdade ou Boato? Disney se prepara para abandonar a cultura woke

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Virada de jogo foi cogitada pelo jornal Los Angeles Times

Ser ou não ser? Seguir ou não seguir a toada da cultura woke, que tem deixado um rastro de destruição em termos de criatividade e mérito nos últimos anos, com destaque para as mudanças radicais em atrações de cinema, TV e streaming – além, claro dos tradicionais parques na Califórnia e Flórida.

Nesta semana, uma série de publicações nas redes sociais deram como certa a saída da Walt Disney Company das políticas de diversidade e inclusão – o já popular departamento DEI. “É oficial, Bob Iger decidiu abandonar a lacração”, escreveram blogueiros e influenciadores, apontando “uma entrevista” do principal executivo da Disney para o Los Angeles Times.

Após uma breve pesquisa na web, o Se Liga Nerd descobriu que a história não era bem o que os sites apontavam. De fato, o que as publicações brasileiras descreveram aparece em um artigo assinado pela colunista do jornal americano, Meg James em 23 de dezembro do ano passado, indicando que a tendência da companhia pode ser a de acompanhar o fluxo de Meta, Amazon, Ford, McDonald’s e outros gigantes do universo corporativo, que recentemente optaram por reduzir ou abandonar as práticas que mais excluíram do que incluíam. 

 

O texto de Ryan começa assim:

 

“A Walt Disney Co. e seu CEO fizeram uma mudança brusca desde que dobraram os esforços de diversidade e inclusão após o assassinato de George Floyd em Minneapolis, quatro anos e meio atrás. Na época, os principais executivos da Disney, incluindo o então presidente Iger, prometeram aos funcionários:  – Pretendemos manter a conversa em andamento… pelo tempo que for necessário para trazer uma mudança real.

 

Com o “abraço de afogado” à cultura woke, até mesmo templos da diversão como o Magic Kingdom perderam seu espírito infantil. A direção do parque, tanto na Disneyland (Califórnia) como na Disney World (Flórida) deixaram de lado sua saudação tradicional, trocando “meninos e meninas” por “sonhadores de todas as idades”.

 

A matéria prossegue, então, apontando o que pode ter influenciado Bob Iger e demais gerenciadores da companhia:

 

“Na semana passada, por sua vez, a Disney reconheceu ter optado por eliminar a história de uma atleta transgênero da nova animação da Pixar, Win or Lose, que conta a saga de um time escolar de beisebol. O motivo justificado foi óbvio:  – muitos pais preferem discutir certos assuntos com seus filhos em seus próprios termos e cronograma”.

 

Além da reviravolta no roteiro (uma aceno real à desistência da disforia woke), a Disney preferiu encerrar uma disputa jurídica entre o canal ABC News com Donald Trump, além de se comprometer a doar nada menos que US$ 15 milhões para a futura biblioteca presidencial de Trump, que assume o Salão Oval nesta segunda-feira (20).

 

Disney Woke: ainda há resistência

Após o fracasso de Star Wars: The Acolyte – série que quebrou recordes de rejeição, e acabou cancelada pela própria Disney, rumores nos corredores da empresa apontavam para a saída de Kathleen Kennedy – uma das maiores defensores das políticas feministas da companhia – do comando da Lucasfilm.

A cogitação da saída de Kennedy, contudo, provou ser (ao menos por enquanto) inverídica. Em agosto de 2024, inúmeros insiders reportaram que a presença da executiva havia sido prorrogada até pelo menos o segundo quarto de 2025.

Para tristeza de quem esperava por uma reviravolta nas produções ligadas à uma Galáxia, muito, muito distante, Kathleen Kennedy foi recentemente lembrada pela American Society of Cinematographers (ASC), que irá condecorar a cineasta em 23 de fevereiro por seu legado em quase 50 anos de atividades em Hollywood.

 

Assim escreveu a presidente da ASC, Shelly John:

 

“A carreira extraordinária de Kathleen Kennedy deixou uma marca duradoura no mundo do cinema. Seu olhar aguçado para contar histórias é incomparável. Ela consistentemente traz projetos que elevam e confirmam sua confiança no relacionamento entre diretor e diretor de fotografia. Reconhecendo-o como a espinha dorsal de uma grande produção cinematográfica, seus filmes consistentemente mostram essa crença. Sua dedicação à excelência visual a tornou uma verdadeira pioneira na indústria cinematográfica”.

 

A justificativa apresentada pela dirigente até pode ser válida. Lembrando que Kathleen Kennedy começou ao lado de gênios como Steven Spielberg e George Lucas, até que o vírus do identitarismo tomou conta de sua agenda.

 

A questão levantada pelo Los Angeles Times permanece 

 

– Será mesmo que a Disney voltará a priorizar a criatividade, deixando de lado a cultura woke?

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