Disney cancela filmes em silêncio enquanto Bob Iger enfrenta críticas

Compartilhe:

O CEO da Disney, Bob Iger, revelou que a gigante do entretenimento está cancelando filmes discretamente. A admissão ocorreu durante uma conferência do Morgan Stanley em San Francisco na terça-feira, onde Iger foi pressionado sobre suas ações para revitalizar os negócios cinematográficos da empresa.

“Você tem que matar coisas nas quais não acredita mais, e isso não é fácil neste negócio”, declarou Iger. “Não é uma coisa fácil, mas você tem que tomar essas decisões difíceis. Nós realmente fizemos essas escolhas difíceis. Não fomos muito públicos sobre isso, mas já matamos alguns projetos que simplesmente não sentimos que eram fortes o suficiente.”

A revelação surge em meio a um cenário desafiador para a Disney no último ano, com uma seca na bilheteria induzida por greves e após um slate de filmes decepcionante. Iger está buscando uma grande reformulação na produção cinematográfica da empresa, dedicando tempo com os criadores, assistindo filmes e fornecendo notas detalhadas em um “processo respeitoso que resulta em melhoria”.

O executivo também abordou a questão da “fadiga da audiência” em relação aos filmes da Marvel. “Muitas pessoas pensam que é fadiga da audiência. Não é fadiga da audiência. Eles querem ótimos filmes e, se você construir algo ótimo, eles virão”, afirmou. A Disney planeja reduzir o número de filmes e séries de TV da Marvel como parte de uma estratégia de maior foco.

No entanto, as declarações de Iger sobre se sentir bem em relação às equipes e propriedades intelectuais da Disney soam um tanto desconectadas da realidade. A proxy fight movida por Nelson Peltz e pela Trian Fund Management expôs em detalhes as falhas da corporação desde que Iger assumiu o comando. O documento é um verdadeiro “tributo” ao poder dos executivos de Hollywood de viverem em uma bolha enquanto sua empresa desmorona.

A marca Disney está tão danificada neste ponto que metade da América facilmente detesta a empresa. Muitos pais evitam que seus filhos assistam ao conteúdo da Disney, temendo a exposição à “programação LGBTQIA+” e “mensagens subliminares de queerness” inseridas onde possível sob a gestão de Iger e do conselho.

Resta saber se o cancelamento silencioso de filmes pela Disney significa o abandono de projetos excessivamente “woke”. Há rumores de que o polêmico “Snow White” live-action, apelidado sarcasticamente de “Snow Woke”, estaria entre os projetos descartados. Afinal, ninguém quer ver um asteroide “woke” atingir os cinemas em 2030, certo?

Enquanto Iger tenta conter os danos, muitos questionam se essas medidas chegam tarde demais. A Disney conseguirá se reconectar com o público americano e restaurar sua reputação como uma marca amada pelas famílias? Só o tempo dirá. Mas uma coisa é certa: a cultura “woke” de Hollywood está enfrentando um difícil despertar com a realidade do mercado.

Hayao Miyazaki quebra silêncio e anuncia que não aposentará após novo filme

Publicidade
Publicidade