REVOLUCIONÁRIO! DOIS FILMES DE TERROR NO HULU QUEBRAM TODAS AS REGRAS DO GÊNERO E IMPRESSIONAM CRÍTICOS

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O gênero de terror, por sua própria natureza, implora constantemente por inovação e experimentação. São filmes construídos sobre regras que pedem para ser dobradas, distorcidas ou completamente quebradas em busca de algo verdadeiramente original. É exatamente por isso que causa tanta frustração ver tantos filmes contemporâneos do gênero limitando-se a variações superficiais de ideias há muito estabelecidas. Felizmente, o último ano nos presenteou com duas obras extraordinárias que desafiam corajosamente as convenções: Azrael e In a Violent Nature. Agora que ambos estão disponíveis no catálogo do Hulu, os espectadores têm a oportunidade de testemunhar esta revolução silenciosa no terror cinematográfico. In a Violent Nature parte de uma premissa aparentemente simples, mas profundamente subversiva: é um slasher onde acompanhamos o assassino em vez das vítimas. Embora a ideia pareça brilhante no conceito, sua execução apresenta desafios significativos. Afinal, a maioria dos assassinos de slasher não fala, e suas cenas de violência, embora impactantes, geralmente ocupam apenas uma fração do tempo de tela. Se pensarmos logicamente, um filme que segue o assassino seria, em grande parte, uma obra sobre caminhadas – e é exatamente o que In a Violent Nature entrega.

A revelação que ninguém esperava

In a Violent Nature se revela como uma experiência cinematográfica surpreendentemente contemplativa e quase pastoral, seguindo um monstruoso assassino que caminha silenciosa e metodicamente por florestas e campos em busca de adolescentes que perturbaram seu sono sobrenatural. Quando finalmente alcança suas vítimas, as mortes são brutais e impactantes, mas os momentos entre esses encontros são extraordinariamente pacíficos, conferindo ao filme um ritmo e uma sensação de temporalidade completamente distintos de qualquer outro slasher já produzido. Por outro lado, Azrael oferece uma abordagem igualmente revolucionária, mas com tom mais apocalíptico. Ambientado após um evento semelhante ao arrebatamento bíblico, o filme acompanha uma mulher chamada Azrael (interpretada por Samara Weaving) que escapa de um culto que fez voto de silêncio, acreditando que a fala os impediu de ascender aos céus. A floresta para onde Azrael foge está povoada por criaturas demoníacas perturbadoras, e o culto que ela abandonou tinha ambições muito mais sombrias do que simplesmente permanecer em silêncio. O aspecto mais notável de Azrael é ser praticamente desprovido de diálogos. Mesmo sem palavras, o universo fascinante do filme se comunica com clareza, enquanto o talento de Weaving para expressões faciais a torna a protagonista perfeita para esta narrativa apocalíptica silenciosa. Considerados em conjunto, estes dois filmes representam não apenas experiências cinematográficas excepcionais individualmente, mas também um promissor indicativo de que uma nova onda de experimentação pode estar chegando ao gênero terror.

“In a violent nature”: Terror experimental que inova no gênero Slasher

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