Donald Trump e a guerra cultural: conheça os embaixadores do presidente em Hollywood

Donald Trump

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Conheça os verdadeiros “homens do presidente”

Para a imensa legião de artistas, incluindo atores, cineastas, produtores e músicos, a eleição de Donald Trump foi um retumbante desastre. Muitos deles, inclusive, nem sabem dizer o motivo porque votariam em Kamala Harris. A não ser claro, por a atual vice-presidente ser da esquerda – e pior: da ala mais radical do partido Democrata.

Com a retomada da Casa Branca em novembro passado – e a derrocada contínua da agenda woke – a direita (ao menos a dos Estados Unidos) parece ter aprendido a lição: não dá para ignorar a classe artística, muito menos a guerra cultural. 

Tanto pela formação de novas lideranças, como pela financeira. Afinal, Hollywood – ainda que em constante decadência – continua sendo uma fonte de recursos bilionários para a economia norte-americana e global. Vide: Top Gun – Maverick, um filme que fez mais de U$ 1 bi e abraçou um público bem mais conservador que esquerdista.

A novidade na segunda gestão Trump, ao que tudo indica, será ocupar os espaços em setores normalmente deixados em segundo plano.

Para isso, o presidente-eleito acaba de anunciar três gigantes do cinema como “embaixadores” de sua administração nos próximos quatro anos: Mel Gibson, Sylvester Stallone e Jon Voight – todos eles premiados na Academia de Ciências e Artes Cinematográficas de Hollywood.

 

Direita na cultura – o plano de Trump

O anúncio extra-oficial aconteceu nesta quinta-feira (16), com uma postagem do republicano em sua própria rede, a Truth Social:

 

“É uma honra anunciar Jon Voight, Mel Gibson e Sylvester Stallone como Embaixadores Especiais para um lugar ótimo, mas muito problemático, Hollywood, Califórnia”, destacou Trump.

 

“Eles atuarão como Enviados Especiais, com o propósito de resgatar Hollywood – que perdeu muitos negócios nos últimos quatro anos para países estrangeiros. Essas três pessoas muito talentosas serão meus olhos e ouvidos, e farei o que eles sugerirem. Será novamente, como os próprios Estados Unidos da América, a Era de Ouro de Hollywood!”, prometeu Donald Trump.

 

MEL GIBSON

Cancelado pela mídia, Mel Gibson é cristão declarado e conservador. Mas estas não são as únicas fortes características que o fazem elegível para o cargo de embaixador de Washington D.C. na capital mundial do cinema, Hollywood.

Aos 69 anos, Mel Columcille Gerard Gibson já venceu o Oscar de Melhor Diretor por Coração Valente (vencedor de Melhor Filme de 1995), além de inúmeras outras premiações, incluindo Globo de Ouro (também para Coração Valente) e Satellite Award (A Paixão de Cristo). 

Mel Gibson ganhou fama por estrelar trilogias de inúmero sucesso comercial, como Mad Max e Máquina Mortífera, além de atuar em filmes elogiados pela crítica como O Ano em que Vivemos em Perigo, Conspiração Tequila, Eternamente Jovem e O Homem Sem Face.

 

Neste momento, o cineasta está ocupado com as filmagens de A Paixão de Cristo – Ressurreição.

 

SYLVESTER STALLONE

Um dos ícones dos anos 1980 – principalmente por suas atuações nas sagas Rambo e Rocky, Sly (como é chamado carinhosamente pelos amigos) foi lembrado pela Academia quando sua carreira estava em uma encruzilhada. 

Poucos ainda sabem, aliás, mas Stallone – hoje com 78 anos – atravessava forte crise financeira quando escreveu o roteiro de Rocky – Um Lutador, que viria a conquistar o Oscar de Melhor Filme na premiação de 1977.

A partir dessa guinada (e de uma franquia criada com o nome Rocky, incluindo o spin-off Creed), o ator decolou em Hollywood, estrelando uma série de produções de sucesso. Entre elas, Fuga Para a Vitória (com Pelé), Stallone: Cobra, Falcão, o Campeão dos Campões, além da recente série produzida pela Paramount Plus, O Rei de Tulsa.

 

JON VOIGHT

O mais veterano do trio, Jon Voight é uma das mais fortes conservadoras em Hollywood – um dos fatores que, lamentavelmente, causou atrito com sua filha e estrela, Angelina Jolie.

Aos 86 anos, contudo, Voight coleciona uma extensa e bem-sucedida filmografia, tanto na TV como no cinema, onde tem atuado com maestria, tanto como herói ou vilão. 

Alguns exemplos de seu magistral currículo são: Perdidos Na Noite, Amargo Regresso, O Campeão, Fogo Contra Fogo, Missão Impossível, 24 Horas, A Lenda do Tesouro Perdido e os mais recentes Reagan e Megalopolis. 

De suas três indicações pela Academia até o momento, Jon Voight levou para casa a estatueta dourada de Melhor Ator pelo drama Amargo Regresso, lançado em 1978.

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