A recente declaração do editor-executivo da Marvel Comics, Tom Brevoort, sobre o retorno do casamento entre Peter Parker e Mary-Jane no universo principal (616), gerou, como era de se esperar, uma boa dose de indignação entre os fãs. Em sua newsletter semanal “Man With A Hat Substack”, Brevoort tentou minimizar a importância do sucesso de “Ultimate Spider-Man Vol. 3”, que justamente apresenta o casamento tão adorado pelo público.
Brevoort insiste que o sucesso da série tem mais a ver com o talento criativo de Jonathan Hickman e Marco Checchetto do que com o casamento dos personagens em si. É uma tentativa curiosa de negar o óbvio: o público quer o retorno dessa dinâmica clássica, e o sucesso da série Ultimate demonstra exatamente isso.
A Realidade das Vendas
Os dados não mentem: “Ultimate Spider-Man Vol. 3” superou “Amazing Spider-Man Vol. 6” em diversos meses e teve um desempenho notável em vendas de graphic novels, aparecendo nas listas dos mais vendidos do ano, enquanto as coletâneas de “Amazing Spider-Man” passaram longe dessas listas.
Brevoort, porém, tenta argumentar que a diferença nas vendas não é significativa. Ora, talvez ele precise de óculos novos. A verdade é simples: o público está cansado das decisões editoriais que ignoram o que realmente importa para os fãs—boas histórias, personagens coerentes e respeito à continuidade.
Claro que as vendas de quadrinhos são afetadas por diversos fatores. Mas ignorar a preferência clara dos leitores por histórias que respeitam a tradição e valorizam relacionamentos icônicos como o de Peter e Mary-Jane é, no mínimo, teimosia editorial. Mais uma vez, a Marvel parece decidida a ignorar o que os fãs realmente querem, preferindo teimar em decisões questionáveis que afastam seu público fiel.
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