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Empoderamento e clichês: Nem a mídia woke perdoa Alerta de Risco

Alerta de Risco

Jessica Alba em Alerta de Risco: uma bomba para críticos e assinantes

Longa com Jessica Alba tenta emplacar “Rambo feminino”

Por Claudio Dirani

Mais conhecida pelos nerdolas por interpretar Sue Storm em Quarteto Fantástico (2005) e Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado (2007), Jessica Alba andava meio sumida das grandes produções por dois motivos: ter mais tempo para cuidar de seus três filhos, além de administrar uma empresa especializada na venda de produtos sustentáveis, The Honest Company.

Aos 43 anos – a atriz que despontou no início dos anos 2000 como a “empoderada” protagonista da série Dark Angel – retorna agora como atração principal de Alerta de Risco, exibida com exclusividade pela Netflix. 

 

O roteiro do longa de ação segue, de A a Z, a cartilha dos cheirosos. Na trama, Alba (que não tem qualquer ligação com nossos parceiros da Linhagem Geek) é conhecida somente como Parker, uma integrante das Forças Especiais norte-americanas que decide assumir o papel de “Rambo feminino” para enfrentar uma gangue responsável pela morte de seu pai.

Embora o filme já apareça no topo dos mais vistos após sua estreia em 21 de junho, Alerta de Risco não conseguiu escapar dos críticos, que classificaram os elementos da aventura como uma série de clichês – sem mencionar notas baixas para a direção (a cargo da estreante em Hollywood, Mouly Surya) e “diálogos pasteurizados”.

Alerta de Risco: bombardeio de clichês

Além de ser considerada uma das musas do início do século, Jessica Alba já demonstrou ter bom talento para tramas de aventura. Além de ser a Mulher-Invisível nos dois longas de O Quarteto Fantástico, a atriz californiana chego a ser lembrada com uma nomeação no Globo de Ouro pela série de James Cameron, Dark Angel, arrancando elogios de público e especialistas.  

O combo de atributos – que poderia se tornar uma unanimidade no atual cenário da cultura pop – não surtiu o mesmo resultado em Alerta de Risco.

Um exemplo de que até a grande mídia parece esgotada com a tática feminista da troca de papéis (como acontece em Interceptor: Ameaça Terrorista, estrelada pela mulher de Chris Hemsworth, Elsa Pataky), está na crítica do (quase sempre benevolente) site The Hollywood Reporter. 

Em seu review, Frank Scheck elogia as coreografias em Alerta de Risco, mas não passa pano para o lugar comum que não deixa o roteiro – nem por decreto.

“O enredo formulaico se desenrola exatamente como você esperaria, apesar das tentativas do trio de roteiristas de emprestar alguma peculiaridade ao processo (…)

Ao final do texto, o crítico reflete: “Infelizmente, Alba, embora mais do que competente, não tem o carisma suficiente para tornar sua personagem interessante ou, como a Netflix provavelmente espera, o catalisador para uma nova franquia de ação. No momento em que Alerta de Risco, genericamente intitulado, chegar à sua conclusão previsível, você estará ansioso para ver o que os algoritmos têm reservado para você a seguir”, conclui.

Por sua vez, o jornal britânico The Independent resumiu o humor da mídia e dos espectadores que levaram Alerta de Risco aos mais vistos do canal de streaming.

“Apesar de ganhar o cobiçado primeiro lugar, Alerta de Risco está recebendo críticas sombrias de todos os lados, incluindo os assinantes da Netflix”, aponta a publicação, ao citar uma postagem na rede X.

“Alerta de Risco é um dos filmes mais chatos que vi o ano todo, e também é de longe o mais idiota! Um filme aparentemente feito para justificar a capacidade da Netflix de assistir coisas na rotação 1.5”, detonou um assina

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