Disney: Traição às Famílias Brasileiras em Nome do Lucro

Compartilhe:

A Disney parece estar mais uma vez virando as costas para as famílias que construíram seu império, priorizando um público de casais com renda dupla sem filhos – os chamados “Renda Dupla sem Filhos” (termo derivado do inglês “Dual Income No Kids”) – e os fãs adultos da Disney, que muitas vezes colocam seu fascínio individualista acima dos valores familiares. A prova mais recente disso é o novo lounge GEO-82, localizado no EPCOT, que tem gerado discussões não por suas atrações para todas as idades, mas por ser um espaço exclusivo para adultos. Walt Disney, o fundador da empresa, tinha uma visão clara: ele descrevia a Disneyland como um “parque para famílias onde pais e filhos podem se divertir juntos”. Essa filosofia foi o alicerce do sucesso da Disney por décadas, atraindo famílias em busca de momentos de união e alegria. No entanto, sob a liderança atual de Bob Iger e Josh D’Amaro, essa visão parece ter sido abandonada em favor de uma abordagem que privilegia lucros e tendências progressistas, distanciando-se dos princípios tradicionais que outrora definiram a marca.

A Visão Original de Walt Disney Traída

Walt Disney não criou seus parques apenas como empreendimentos comerciais, mas como refúgios onde a família – a base da sociedade – pudesse se fortalecer por meio de experiências compartilhadas. Seus valores refletiam uma América tradicional, onde o entretenimento era um meio de unir gerações, não de segmentá-las. Hoje, porém, a Disney parece mais interessada em atender a uma elite urbana de adultos sem filhos, que dispõem de renda para gastar em experiências exclusivas, do que em preservar esse legado. O novo lounge GEO-82, que será inaugurado ainda este ano dentro do icônico Spaceship Earth no EPCOT, é um exemplo gritante dessa mudança. Descrito pela Disney como um espaço “elegante e moderno” para maiores de 21 anos, o local oferecerá coquetéis sofisticados, pratos pequenos de inspiração global e vistas panorâmicas dos jardins da World Celebration e do World Showcase Lagoon, tudo em um design metálico e geométrico inspirado na própria estrutura do Spaceship Earth. Famílias com crianças? Elas nem sequer poderão cruzar a porta, já que o acesso exige reservas e é estritamente restrito a adultos.

Uma Mudança de Direção sob Liderança Progressista

Essa não é uma decisão isolada. Nos últimos anos, a Disney tem consistentemente voltado sua atenção para um público adulto e abastado, introduzindo atrações como bares temáticos e lounges exclusivos em seus parques, enquanto os preços de ingressos, hotéis e pacotes dispararam – uma estratégia que favorece casais sem filhos e dificulta a vida de famílias numerosas. Por exemplo, o ingresso básico para um dia no Magic Kingdom pode ultrapassar R$ 800 por pessoa em alta temporada, tornando uma visita familiar um luxo inacessível para muitos. Além disso, a empresa investiu em experiências como o Galactic Starcruiser, um hotel imersivo de Star Wars que custava cerca de R$ 25 mil para uma família de quatro pessoas por duas noites – um projeto que, aliás, foi descontinuado devido à baixa demanda, talvez um sinal de que até os fãs adultos da Disney têm limites. Essas escolhas refletem uma liderança que parece mais alinhada com valores progressistas e corporativos do que com a missão original de Walt Disney. A empresa também enfrentou críticas por inserir mensagens sociais controversas em seus filmes e parques, alienando famílias conservadoras que valorizam a inocência da infância e a moralidade tradicional.

O Impacto nas Famílias e o Futuro da Disney

O que resta para as famílias que viam a Disney como um destino sagrado de união e fantasia? O lounge GEO-82 e outras iniciativas semelhantes sugerem que a magia agora tem um preço alto e um público seleto, excluindo aqueles que não se encaixam no perfil de consumidores sem filhos ou de alta renda. Isso não apenas trai o espírito de Walt Disney, mas também ameaça o futuro da empresa a longo prazo. Famílias brasileiras, por exemplo, já enfrentam custos exorbitantes para viajar aos parques da Flórida – com passagens aéreas, hospedagem e ingressos, uma semana na Disney pode facilmente superar R$ 50 mil para uma família de quatro pessoas. Se a Disney continuar a ignorar esse público em favor de adultos com renda disponível, poderá perder sua base fiel para alternativas mais acessíveis, como parques regionais ou destinos turísticos que ainda priorizam a experiência familiar.

Mais preocupante ainda é o impacto cultural. A Disney, outrora um símbolo de valores familiares e tradições, está se transformando em um playground para uma minoria privilegiada, enquanto abandona as famílias que sustentaram sua ascensão. Para os conservadores, isso é mais um sinal de que as corporações americanas estão sucumbindo a uma agenda que valoriza o lucro e o individualismo acima da comunidade e da moralidade. Em resumo, a Disney de hoje parece ter esquecido suas raízes, trocando a alegria universal das famílias por coquetéis caros e vistas panorâmicas para adultos. Se essa tendência persistir, a empresa corre o risco de alienar o coração de seu público e comprometer o legado que Walt Disney lutou para construir.

Sony Revela Novidade na Coleção Deep Earth para PS5 e Controles DualSense

Publicidade
Publicidade