Escritor da DC Comics, Mark Waid, Prefere Trabalhar no Burger King a Colaborar com Criadores de Direita

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Em uma recente entrevista ao podcast Word Balloon, o renomado escritor de quadrinhos Mark Waid, conhecido por seu trabalho na DC Comics, gerou controvérsia ao afirmar que preferiria trabalhar no Burger King a colaborar com criadores de quadrinhos alinhados à direita política. A declaração incendiária de Waid expõe a crescente polarização ideológica que assola a indústria de quadrinhos nos Estados Unidos.

Waid, que já protagonizou polêmicas no passado, como um incidente em que supostamente socou uma parede durante uma discussão com outro criador, redobrou sua retórica inflamada na entrevista. Ele acusou figuras como Mark Millar, Ethan Van Sciver e outros críticos das histórias produzidas pela Marvel e DC de serem “alt-right”, um termo que, segundo ele, perdeu significado desde 2017.

O entrevistador do Word Balloon sentiu a necessidade de abordar a questão antes de prosseguir com a entrevista, ressaltando o constrangimento que a postura de Waid, considerado um dos “anciãos” da indústria, tem causado. Ao ser questionado sobre a atual crise no mercado de quadrinhos de super-heróis, Waid reconheceu a existência de problemas, mas descartou a ideia de uma “bala de prata” que solucionaria tudo, satirizando supostas críticas da direita.

O Espantalho da “Alt-Right” e a Negação de Waid

Como é comum entre a “turba woke”, Waid atacou o que chamou de “bicho-papão da direita” nos quadrinhos, o movimento “Comicsgate”. Ele classificou como “insanidade” a ideia de trabalhar com esse grupo, que considera “misógino, homofóbico e racista”. No entanto, Waid parece ignorar as alegações de que existe uma “lista negra” na Marvel e DC contra criadores abertamente cristãos ou conservadores.

Essa tática de rotular opositores como “alt-right” ou “nazistas” e depois se esquivar da responsabilidade é recorrente na esquerda. O próprio Waid já o fez em seu trabalho, inserindo vilões pró-nazistas em seus quadrinhos do Capitão América como claras referências aos apoiadores de Trump. Quando confrontado, ele e outros da esquerda apelam para a cartada do “se você se identificou, o problema é seu”.

O Desejo de “Ver a Indústria Queimar”

Talvez a declaração mais chocante de Waid tenha sido: “Há muitos de nós que prefeririam ver a indústria queimar a nos aliarmos à alt-right”. Ele deixa claro seu desejo de suprimir qualquer ideologia que não a sua e de se cercar apenas de pessoas que pensam exatamente como ele. Trabalhar no Burger King seria preferível a ouvir uma opinião divergente.

Essa postura é sintomática de um problema maior que assola a indústria do entretenimento atualmente. Um apodrecimento que vai muito além de casos isolados e permeia todo o setor. Enquanto o público anseia por histórias envolventes e personagens cativantes, uma parcela significativa dos criadores parece mais preocupada em promover sua agenda ideológica.

O Apelo dos Quadrinhos Independentes

Diante desse cenário, não é de se espantar que os quadrinhos japoneses, os mangás, estejam conquistando cada vez mais espaço e superando suas contrapartes americanas. Mesmo no auge, os quadrinhos americanos não conseguiam competir com o sucesso dos mangás. Agora, com criadores como Waid aparentemente mais interessados em atacar desafetos políticos do que entreter seu público, o apelo dos quadrinhos independentes só tende a crescer.

Assim como os criadores de conteúdo do YouTube “tomaram” o espaço antes ocupado pelos sites de notícias e jornalistas tradicionais, é possível que, em breve, os quadrinhos independentes se tornem o novo mainstream. Para isso, é crucial que os fãs apóiem esses criadores, dando feedback honesto sobre a qualidade de seu trabalho, para que possam aprimorar sua arte e, quem sabe, ofuscar as grandes editoras que parecem ter perdido o norte.

 

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