Fãs pedem por histórias cativantes, Marvel segue focada em agenda politica
Fãs expressam cansaço com viés ideológico, mas editor-chefe faz ouvidos moucos
Após o anúncio do evento “X-Men: Das Cinzas”, fãs expressaram esperança por histórias menos ideológicas para o grupo mutante. Porém, o editor-chefe da Marvel, Tom Brevoort, rebateu as críticas e afirmou que a “mensagem” política sempre fez parte da franquia, deixando dúvidas se a editora pretende mudar seus rumos.
Decepção com fase ideológica atual
Nas redes sociais, fãs reclamaram dos rumos politicamente corretos que a Marvel vem dando para os X-Men nos quadrinhos recentes. Muitos pediram uma “limpeza” na equipe editorial para resgatar a essência dos personagens.
O uso de pautas sociais de forma forçada e o foco em diversidade pela diversidade têm afastado parte do público, que sente falta das histórias clássicas focadas em aventura, romance e drama, sem viés tão ideológico.
Premissa dos X-Men não era política
Ao contrário do que Brevoort afirmou para calar os críticos, os quadrinhos originais dos X-Men não tinham forte apelo político ou ativista. Eles surgiram da necessidade dos roteiristas de encontrar novas justificativas para os superpoderes além de acidentes radioativos.
A ideia dos mutantes veio como uma saída criativa para fugir do lugar-comum, e não necessariamente como uma metáfora para questões raciais ou minorias sociais, como se pensa hoje.
Representatividade não pode sufocar enredo
Embora a representatividade seja bem-vinda e enriqueça as histórias, não pode se sobrepor à qualidade da narrativa. Quando a diversidade vira mero símbolo político em vez de elemento natural da trama, a arte se transforma em panfletagem.
Essa parece ser a atual situação dos X-Men nos quadrinhos Marvel, onde a obsessão pela agenda identitária tem obscurecido enredos e personagens.
Críticas não foram levadas a sério
Ao invés de dialogar com os fãs decepcionados, o editor-chefe os classificou como intolerantes e homofóbicos, desconsiderando as críticas à má qualidade narrativa atual em nome de bandeiras ideológicas.
Resta saber se a Marvel pretende reconquistar seu público com histórias cativantes ou se manterá seu ativismo político como prioridade número 1.
Agenda política afasta leitores
A reação de Brevoort indica que a Marvel continuará sua cartilha ideológica, mesmo que isso afaste parcela do público.
Seria possível conciliar diversidade e narrativas envolventes com habilidade, mas parece que a editora optou por defender suas pautas políticas acima de tudo.
Um equívoco que prejudica leitores em busca de evasão, e não doutrinação política. Resta saber se a audiência resistirá bravamente ou migrará para outras histórias.