A Feminist Frequency, organização que ganhou notoriedade criticando a representação de mulheres na indústria de games, anunciou que encerrará suas operações em 2024. Criada pela ativista Anita Sarkeesian em 2009, a entidade alega que o motivo é o “burnout” de sua fundadora.
Durante anos, Sarkeesian e sua equipe fizeram duras críticas ao mundo dos games sob uma ótica feminista. Seus questionamentos sobre personagens femininas e o tratamento dispensado às mulheres nos enredos foram vistos por muitos como exagerados e desnecessários.
A organização chegou a criar uma linha direta para supostas vítimas de assédio online por causa de games. Tal iniciativa parece descabida, considerando os inúmeros problemas mais urgentes que as mulheres enfrentam hoje em dia.
Ao se colocar como porta-voz das mulheres gamers, a Feminist Frequency acabou adotando um discurso vitimista e revanchista, em vez de contribuir positivamente para o debate. O excesso de radicalismo pode ter afastado possíveis apoiadores.
A indústria de games se rendeu muito nos últimos anos no que diz respeito à representação feminina e racial. Muitos personagens foram modificados para agradar a militância.
Mas o fim da Feminist Frequency parece sinalizar uma evolução bem-vinda. A luta por respeito e representatividade nos games deve partir dos próprios desenvolvedores, não de ativistas radicais descolados da realidade da indústria e da comunidade gamer.