O longa de comédia “A Sociedade Americana de Negros Mágicos”, previsto para estrear nos cinemas em março, causou controvérsia recentemente após divulgar seu trailer, no qual os brancos são descritos como “o animal mais perigoso do planeta”.
Protagonizado pelo ator Justice Smith, de Detetive Pikachu, e pelo renomado comediante David Alan Grier, o filme é dirigido pelo também comediante Kobi Libii em sua estreia como cineasta.
Enredo satiriza estereótipo racial
A premissa da trama gira em torno de uma sociedade secreta de negros com poderes mágicos, cuja missão é facilitar e melhorar a vida dos brancos. Ou seja, o enredo satiriza o estereótipo do “negro mágico”, personagens coadjuvantes cujo único propósito é ajudar o protagonista branco.
Em uma das cenas do trailer que mais provocaram controvérsia, o personagem de Grier pergunta: “Qual é o animal mais perigoso do planeta?”. Quando o protagonista Smith responde “tubarão”, é imediatamente corrigido: “Brancos quando se sentem desconfortáveis”.
“Lágrimas brancas precedem muita coisa ruim para nós”, completa Grier, explicando que quanto mais felizes os brancos estiverem, mais seguros os negros estarão.
Críticas ao humor racializado
A premissa não agradou muitos espectadores. No YouTube, o trailer acumulou mais de 25 mil dislikes e centenas de comentários acusando a produção de promover divisão racial de forma estereotipada.
“Este filme deveria se chamar ‘A Sociedade Americana do Racismo Mágico’. Imagina tentar comprar ingresso para isso… vai flopar pesado”, criticou um usuário.
Setores da esquerda woke novamente no centro das críticas
Mais uma produção de Hollywood é criticada por abordar questões raciais de forma superficial, racializada e estereotipada, em nome de uma suposta “correção política”.
É questionável se humorizar e satirizar grupos raciais dessa forma contribui para resolver problemas históricos ou apenas aumenta ressentimentos na sociedade atual.
Apesar das possíveis boas intenções dos realizadores, piadas baseadas em estereótipos raciais podem acabar sendo contraproducentes e alimentando ainda mais preconceitos que se pretendia combater.
Extremismo woke cria mais divisão racial?
Cabe uma reflexão se o extremismo de setores da esquerda woke não estaria, na verdade, criando mais divisões raciais e mais politização de identidades do que efetivamente promovendo igualdade ou união social.
Ao compelir artistas e produtores culturais a introduzirem forçadamente questões raciais em suas obras, apenas para sinalizar “virtude” eavoidar acusações de racismo, o movimento woke pode paradoxalmente estar fomentando o problema que pretendia resolver.
Resta saber se o público abraçará a sátira ou se o filme se tornará mais um exemplo de produção que subestima a inteligência do espectador ao racializar excessivamente a discussão.
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