O SINAL DE APROVAÇÃO QUE TODOS OS DIRETORES SONHAM EM RECEBER
Quentin Tarantino, reconhecido por seus filmes viscerais e diálogos memoráveis, raramente expressa admiração pública pelo trabalho de seus contemporâneos. No entanto, o diretor de “Pulp Fiction” não esconde seu entusiasmo por “Boogie Nights”, o drama de 1997 dirigido por Paul Thomas Anderson. Lançado apenas dois meses após “Jackie Brown”, o filme que mergulha nas profundezas da indústria pornográfica dos anos 70 e 80 conquistou status de obra-prima e entrou para a seleta lista de produções favoritas de Tarantino. Com um elenco estelar que inclui Mark Wahlberg, Burt Reynolds, Julianne Moore e Philip Seymour Hoffman, “Boogie Nights” apresenta elementos narrativos que certamente apelam ao gosto cinematográfico de Tarantino: personagens complexos, estrutura não-linear e uma mistura habilidosa de humor e violência crua. O filme, que custou apenas $15 milhões, transformou-se em sucesso de crítica, bilheteria e premiações, consolidando Anderson como um dos grandes talentos de sua geração.
AMIZADE IMPROVÁVEL ENTRE DOIS GÊNIOS DO CINEMA CONTEMPORÂNEO
A relação entre Tarantino e Anderson nasceu em 1997, quando suas carreiras começavam a despontar em Hollywood, e rapidamente transformou-se em uma amizade alimentada pelo respeito mútuo. Embora frequentemente comparados por suas abordagens estilísticas distintas, os dois diretores desenvolveram trajetórias únicas que os colocaram entre os cineastas mais respeitados da atualidade. A admiração de Tarantino por “Boogie Nights” torna-se ainda mais significativa quando consideramos que Anderson tinha apenas 27 anos quando dirigiu o filme, uma expansão de um mockumentário que ele havia criado aos 18 anos. Essa obra precoce de Anderson, que acompanha a transformação do garçom Eddie Adams no astro pornô Dirk Diggler, demonstra uma maturidade artística que impressionou até mesmo o exigente Tarantino. Nos anos seguintes, Anderson continuou a solidificar sua reputação com filmes aclamados como “Magnolia”, “Punch-Drunk Love” e “There Will Be Blood”, enquanto Tarantino manteve-se fiel à sua promessa de fazer apenas dez filmes, cada um deles um evento cinematográfico por si só. A influência mútua entre estes dois mestres do cinema contemporâneo representa um fascinante capítulo da história de Hollywood que continua a inspirar novas gerações de cineastas.
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