Fim da greve em Hollywood está próximo ou diferenças sobre dinheiro, IA e streaming vão prolonga-la?

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Após mais de 140 dias, a greve dos roteiristas em Hollywood ainda não chegou ao fim e tem provocado prejuízos financeiros e paralisações na indústria do entretenimento.

As negociações entre o Sindicato dos Roteiristas da América (WGA) e os grandes estúdios seguem difíceis, com poucos avanços para encerrar a paralisação. As partes se reuniram essa semana pela primeira vez desde agosto, mas os representantes dos roteiristas descreveram como uma sessão de bronca e humilhação.

A principal divergência nas negociações é sobre como dividir os lucros do streaming, que se tornou o carro-chefe da indústria, mas não parece trazer o retorno financeiro esperado. Com esse bolo menor, todas as partes brigam por fatias maiores.

Programas populares como Dancing With the Stars tiveram que pausar as gravações por conta de protestos e piquetes. Apresentadores como Drew Barrymore e Bill Maher também saíram do ar em solidariedade à greve.

Especialistas apontam que, diferentemente da greve de 2007, os talk shows noturnos não têm o mesmo apelo e por isso não funcionam mais como vitrine para pressionar o fim da paralisação. Hoje, eles são os únicos programas que geram algum debate público sobre a greve.

A situação chegou a um ponto de desespero, com tentativas de impedir até programas como Dancing With the Stars, que geravam conteúdo frequente para o YouTube. Isso evidencia a influência dos grandes estúdios sobre as plataformas de streaming.

Enquanto não há acordo à vista, a indústria do entretenimento segue paralisada e o público ávido por conteúdo novo. Resta saber se os estúdios e sindicatos conseguirão superar suas diferenças em nome da sobrevivência de Hollywood.

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