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“Cinema-catástrofe”: os maiores flops dos super astros de Hollywood

Flop

Ford enferrujado pela lacração em Relíquia do Destino

Grandes diretores, atores renomados e fracassos de bilheteria

Por Claudio Dirani

Altos investimentos. Elenco de primeira. Distribuidora de renome. Muitas vezes, nem mesmo o maior orçamento e o melhor staff – incluindo estrelas de Hollywood – são capazes de salvar produções cinematográficas que já nascem destinadas ao fracasso. Basta ver exemplos recentes, como The Marvels e Homem-Formiga e a Vespa: Quantomania, que abusaram dos erros e amargaram o pior.

O histórico de flops, no entanto, é bem anterior à era das redes sociais, onde notícias sobre filmes bombásticos (no pior sentido da palavra) não demoram para se proliferar. Dito isso,  preparamos uma lista de flopadas que combinam desastres atuais e antigos. Você irá se surpreender!

 

De Travolta a Ford: ninguém escapa do big flop

A Reconquista (2000)

Depois de Os Embalos de Sábado à Noite (1977), John Travolta quase virou uma marca.  Depois de atingir o auge no início da carreira, nada melhor que um revival de primeira linha, como o assassino de aluguel Vincent Vega em Pulp Fiction: Tempo de Violência (1994).

Quase todo prestígio resgatado em meados dos anos 90, entretanto, foi para o vácuo espacial, após a empreitada de Travolta na ficção científica A Reconquista. O longa de 2000 conta a história de uma  civilização alienígena que escraviza os terráqueos e faz isso de uma forma trágica.

O resultado nas bilheterias foi ainda mais trágico: custou R$ 44 milhões para fazer e ganhou apenas US$ 29 milhões.   Um  verdadeiro Flop galático.

Alexandre, o Grande (2004)

Famoso por explorar temas sócio-políticos, o esquerdista declarado Oliver Stone tem seus méritos como cineasta. Entre as mais aclamadas e polêmicas produções sob sua direção estão as obras-primas Platoon (1986), Nascido em 4 de Julho (1989) e JFK – A Pergunta que Não Quer Calar (1991). 

O simpatizante de Lula, entretanto, nunca esteve imune de fracassos. O maior deles foi a biografia do rei macedônio Alexandre, interpretado pelo bom (mas sem carisma) Colin Farrell. Com quase 3 horas de duração, nem Angelina Jolie salvou o épico dos piores reviews e da bilheteria amarga: US$ 167 milhões ao custo de US$ 155 milhões. 

Indiana Jones e a Relíquia do Destino (2023)

Quando as primeiras notícias sobre o retorno de Indy começaram a pipocar, a informação de que o 5º e último longa estrelado por Harrison Ford como o intrépido arqueólogo não teria Steven Spielberg na direção soou como um mau presságio. 

Não deu outra: com Kathleen Kennedy na chefia da Lucasfilm, todos os piores elementos usados nos filmes contemporâneos de Star Wars foram reproduzidos em Relíquia do Destino, com direito a um soco homérico na cara do protagonista proferido pela lacradora coadjuvante Phoebe Waller-Bridge. Até os fãs de longa data fugiram do cinema, marcando US$ 384 milhões nas bilheterias. Quanto custou para fazer e refazer? Dizem por aí que a cifra real bateu os US$ 400 milhões.

Tempestade (1998)

Morgan Freeman é um dos mais respeitados atores da história – e o título é super merecido. Aliás, é fácil demais citar atuações estelares do vencedor do Oscar por sua atuação em Menina de Ouro (2005). O duro, mesmo, é recordar as vezes que o nativo de Memphis, Tennessee, fracassou em seus 87 anos de vida e quase 50 de carreira.

Se é para citar o que quebrou literalmente a banca do elegante ator, o jeito é relembrar a vergonha alheia Tempestade: um mix de policial e cinema catástrofe que arrecadou míseros US$ 20 milhões  – quase 4 vezes menos que seu orçamento de US$ 70 milhões. Em suma, flop total.

Nem dá para acreditar que, naquele mesmo ano, Morgan esteve em Impacto Profundo, uma das melhores bilheterias de 1998 (US$ 350 milhões).

Ali: A verdadeira história de Muhammad Ali (2001)

Em 1992, o diretor Michael Mann despontou com O Último dos Moicanos – longa elogiado pelos críticos, mas com pálida bilheteria. O pior dos mundos para Mann viria de forma inesperada, com a cinebiografia de Cassius Clay/Muhammed Ali um dos maiores campeões de boxe de todos os tempos.

Com orçamento de US$ 118 milhões, o drama só conseguiu atrair US$ 88 milhões nas bilheterias. O resultado também contribuiu para o terceiro flop consecutivo de Will Smith, que já havia fracassado em Lendas da Vida (2000) e As Loucas Aventuras de James West (1999).

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